A deputada socialista Alexandra Leitão, apontou, no domingo, a propósito do marco de um ano da legislatura atual, que a descida do Governo em sondagens se prende a um "conjunto de circunstâncias de contexto difíceis, por outro lado, por culpa própria pelo primeiro ano que viveu e que só agora, de há um tempo para cá, esta a retomar a iniciativa política".
Em declarações no programa 'O Princípio da Incerteza' da CNN Portugal, a comentadora da estação destacou, no entanto, que "o que é mais interessante na saúde da democracia é que apesar de ter havido uma descida do Governo, do partido socialista, não há uma subida simétrica minimamente proporcional do PSD".
Questionada sobre a subida do Chega, olhando para as sondagens, Alexandra Leitão sublinhou que embora se observe "uma subida significativa do Chega, todos os outros mais ou menos mantêm".
Na sua ótica, o que parece "mais grave é o facto de não se vislumbrar uma alternativa porque o PSD não é uma alternativa", uma vez que isso é notado pela "ausência do discurso e ausência de propostas alternativas".
"E quando o PSD não é alternativa e ao vermos crescer o Chega, de facto temos um problema para a democracia", sublinhou.
A deputada socialista elaborou ainda que não crê, "aconteça o que vier a acontecer na democracia europeia, que haja uma dissolução da Assembleia da República".
"Os dados, tal como eles estão hoje, levam qualquer democrata a ter receio do futuro", rematou.
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