A Comissão Política Distrital de Setúbal do PSD criticou, este domingo, as medidas apresentadas para o Arco Ribeirinho Sul no âmbito do ‘Governo + Próximo’ e acusou o Executivo de apresentar planos idênticos em julho de 2009, que ficaram por fazer.

Considerando que as medidas seriam “de grande alegria, gáudio e aplauso” se fossem novas, o partido lembrou que “em 2009, o governo do PS de José Sócrates anunciou, com pompa e circunstância, o Plano Estratégico do Arco Ribeirinho Sul, que visava a requalificação de três antigos espaços industriais na margem sul”. 

Na altura, “José Sócrates destacava a importância do investimento e a visão estratégica para uma zona que vai ficar perto do novo aeroporto e de outros investimentos”. O plano tinha como objetivo “a requalificação e reconversão urbanística” de vários territórios.

Para o PSD, o plano apresentado em 2009 é o mesmo que foi apresentado em 2016, 2017 e 2023, agora pelo atual primeiro-ministro, António Costa, que “volta a prometer exatamente os mesmos planos e as mesmas obras”.

Em comunicado, o PSD Setúbal lembrou que Costa, em novembro de 2016, “garantiu o seu empenho em fazer avançar esses projetos, num investimento superior a 1,7 mil milhões de euros”

No ano seguinte, em junho de 2017, “defendeu que o arco ribeirinho na margem sul do Tejo, englobando os municípios do Barreiro, Seixal e Almada, deveria ser reabilitado economicamente e ambientalmente para se assumir como novo motor da Península de Setúbal”.

Anunciou também que o Conselho de Ministros aprovaria “brevemente” o “decreto que permitirá retirar os terrenos da Margueira do domínio público, colocando-os imediatamente em valorização económica” e “perante os jornalistas, António Costa falou também em investimentos para a construção do novo Hospital do Seixal e para a construção de uma via rodoviária entre o Barreiro e o Seixal”.

Agora, seis anos mais tarde, “um Governo cansado e requentado retoma as mesmas promessas”, sublinhou o PSD, frisando que o “PS e o Governo de António Costa é igual ao PS e Governo de José Sócrates, em quase toda a linha do anunciado”.

“Em 2009, era o aeroporto, o TGV, o Arco Ribeirinho Sul, a Terceira Travessia do Tejo, o Metro Sul do Tejo, etc.. Agora é mais do mesmo.14 anos depois as mesmas promessas, as mesmas ilusões. Com o PS tudo é ilusão e nada é concretização”, acusou, considerando ser “aviltante como o Governo se atreveu a montar este autêntico circo mediático” no distrito de Setúbal.

O partido elencou outros problemas do distrito, os quais “carecem respostas” do Governo, entre os quais a falta de profissionais de saúde, os problemas nas urgências, a falta de professores e a “falta de reforço de efetivos e meios de combate para as forças de segurança, num distrito onde os índices de criminalidade são cada vez mais preocupantes”. 

No comunicado, o PSD Setúbal fez questão de exortar a população “a olhar para as promessas do PS desde 2009 e ao longo dos anos e para estas promessas de 2023 e a conseguir encontrar as diferenças”.

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