Será, nas palavras de André Ventura, um "evento de grande dimensão" que pretende juntar em Lisboa, durante dois dias (e provavelmente em meados de maio deste ano), os líderes de extrema-direita da Europa, Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, e Donald Trump, ex-líder dos Estados Unidos.
A intenção revelada pelo líder do Chega, em conferência de imprensa, no passado dia 23, é realizar uma ação aberta ao público e semelhante à Conferência da Ação Política dos Conservadores (CPAC, na sigla em inglês), considerada a mais importante reunião do movimento ultraconservador nos Estados Unidos da América.
Na altura, Ventura indicou que "os convites foram feitos quer ao ex-Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, quer ao ex-Presidente norte-americano, Donald Trump", bem como a "vários líderes da direita europeia", entre os quais Santiago Abascal, do espanhol Vox, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que o Chega "gostava muito de ter em Portugal". Questionado sobre quem já confirmou presença, respondeu que "alguns líderes europeus" já o fizeram, mas escusou-se a revelar quais.
Questionado especificamente sobre o convite a Jair Bolsonaro - candidato que o Chega apoiou nas últimas eleições brasileiras - Ventura indicou que "os contactos já existiam" e "há uma vontade mútua de que isto ocorresse".
Apesar de ainda não ter orçamento fechado, Ventura considerou que "um evento desta natureza e dimensão tem um custo financeiro, logístico, político e administrativo que para o Chega vai ser um desafio extraordinariamente grande", antecipando que o partido vai financiar "uma grande parte".
Aos jornalistas, André Ventura disse já ter informado o Governo e o Presidente da República da intenção de organizar este evento, afirmando que Marcelo Rebelo de Sousa lhe transmitiu que "está disponível a receber Jair Bolsonaro se ele o solicitar", caso venha mesmo a Portugal.
Apesar da intenção - e da lista de eventuais líderes presentes - ainda não é conhecida a data concreta, nem o local, a dimensão que terá, ou se o acesso vai ser feito mediante a compra de bilhete. O líder do Chega prometeu, na altura, mais informações para "dentro de uma semana, uma semana e meia".
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