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Guerra no Iraque representou "salto qualitativo" na estratégia dos EUA

O PCP assinalou hoje os 20 anos do início da guerra no Iraque salientando que aquele conflito "representou um novo salto qualitativo" na estratégia imperialista dos Estados Unidos, que hoje se traduz num "cerco à Federação Russa".

Guerra no Iraque representou "salto qualitativo" na estratégia dos EUA
Notícias ao Minuto

15:25 - 20/03/23 por Lusa

Política PCP

Em comunicado, o gabinete de imprensa do PCP refere que a guerra do Iraque constituiu "uma aberta violação do direito internacional e da soberania daquele país" e foi desencadeada "com base numa campanha de mentiras", nomeadamente no que se refere à existência de armas de destruição maciça, "que, como se veio a comprovar, não existiam".

Para o PCP, aquele conflito "representou um novo salto qualitativo na estratégia de impor pela força a hegemonia planetária do imperialismo norte-americano, após o desaparecimento da União Soviética".

"Tratou-se de um crime que deixou muito claro que a estratégia agressiva dos Estados Unidos da América e dos seus aliados visa todos os países que afirmem a sua soberania e independência, não obstante os seus sistemas sociais e económicos", lê-se no comunicado.

É neste contexto, segundo o PCP, que o "imperialismo promove uma escalada de confrontação e de guerra, nomeadamente na Ucrânia, em que se insere o cerco à Federação Russa e, de forma cada vez mais aberta, à República Popular da China, comportando o perigo real de uma catástrofe mundial".

"O capitalismo em profunda crise encontra sempre milhares de milhões para financiar a guerra e para enterrar no seu sistema financeiro mergulhado em crises sem fim", refere-se.

Sobre a guerra no Iraque, o PCP recorda que o conflito "traduziu-se em milhões de mortos e feridos" e destruiu as infraestruturas e economia de "um dos mais desenvolvidos países no Médio Oriente".

"Nenhum dos responsáveis pela destruição e ocupação do Iraque, ou por crimes associados como as ignóbeis torturas nas prisões dos Estados Unidos da América no Iraque - de que Abu Ghraib foi o mais tenebroso exemplo - foi alguma vez chamado a responder pelos seus crimes de guerra e as suas mentiras", destaca-se.

O PCP salienta que, pelo contrário, "os subservientes e colaboracionistas com esta política de guerra e mentiras foram premiados", dando o exemplo do ex-primeiro-ministro Durão Barroso que, segundo o partido, após ter "atrelado vergonhosamente Portugal à guerra e ocupação do Iraque", foi "promovido a presidente da Comissão Europeia no ano seguinte".

Para o partido, "a guerra e ocupação do Iraque pelos Estados Unidos da América e seus aliados é apenas um dos muitos exemplos da estratégia de guerra e confrontação promovida pelo imperialismo norte-americano".

"Aqueles que agora se assumem como imaculados defensores do direito internacional e da soberania e integridade territorial dos Estados, são os mesmos que decidiram, concretizaram ou apoiaram estas e muitas outras violações da Carta da ONU e dos direitos dos povos, deixando atrás de si um rasto de caos e destruição que permanece até aos nossos dias", critica-se.

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