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NRP Mondego? "Isto tem a ver com o estado pelintra da nossa Marinha"

Treze militares da Marinha recusaram embarcar no navio Mondego, impedindo o cumprimento da missão de acompanhamento de um navio russo, ao largo da ilha de Porto Santo, na Madeira, devido à alegada falta de condições de segurança.

NRP Mondego? "Isto tem a ver com o estado pelintra da nossa Marinha"
Notícias ao Minuto

10:47 - 20/03/23 por Daniela Carrilho

Política Ana Gomes

A antiga eurodeputada socialista, Ana Gomes, voltou a comentar, no domingo, o caso do navio Mondego, criticando a "indisciplina" dos militares - embora considere que "não agiram de ânimo leve" - mas ressalvou, contudo, que "as condições de segurança" são muito importantes neste processo.

"Penso que as condições de segurança não podem ser desculpa para atos de indisciplina nas Forças Armadas. Mas as condições de segurança também contam e temos de deixar a justiça funcionar para perceber efetivamente o que se passou, que razões houve para esta revolta de metade da guarnição do navio Mondego, que eram pessoas competentes, experientes, louvadas. E, portanto, não agiram de ânimo leve", começou por dizer, no seu habitual espaço de comentário na SIC Notícias.

Ana Gomes insiste que deve perceber-se o que aconteceu para que a guarnição se recusasse a embarcar, questionando o porquê de este navio não ter voltado a sair para o mar.

"Não temos vidas a lamentar, não temos a lamentar um navio perdido, mas temos de perceber absolutamente o que é que aconteceu. A verdade é que este navio não voltou a sair para o mar. Porquê? E o navio que o ia render nem chegou lá porque avariou entretanto. Isto tem tudo a ver com o estado pelintra da nossa Marinha, das nossas Forças Armadas", declarou.

Sobre as declarações polémicas do almirante Gouveia e Melo, Ana Gomes considera que "atuou mal como Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA)". "Acho que o general Gouveia e Melo atuou mal como Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) porque não devia ter humilhado os militares. É evidente que deu um 'raspanete' em público, com as televisões atrás de si. Falou para toda a Marinha, para todo o país, repreendendo toda a guarnição, atuou mal quando não falou e atuou de maneira mais resguardada, exigindo uma inspeção independente", concluiu a socialista.

De recordar que no passado dia 11 de março, 13 militares do NRP Mondego recusaram a embarcar no navio e impediram que fosse cumprida uma missão de acompanhamento de um navio russo, ao largo da ilha de Porto Santo, na Madeira. Em causa estão queixas dos militares sobre a falta de condições de segurança no navio.

Leia Também: NRP Mondego. "Processo disciplinar da Marinha está ferido de morte"

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