Gouveia e Melo? "Nunca percebi a pressa em fazê-lo Chefe da Armada"

António Lobo Xavier comentou o caso de "insubordinação" dos 13 militares e as polémicas declarações de Gouveia e Melo em resposta.

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Notícias ao Minuto
20/03/2023 09:34 ‧ 20/03/2023 por Notícias ao Minuto

Política

António Lobo Xavier

António Lobo Xavier analisou, na noite deste domingo, no programa 'Princípio da Incerteza', da CNN Portugal, as declarações de Gouveia e Melo perante o caso de insubordinação dos militares do NRP Mondego, que recusaram cumprir uma missão da Marinha na Madeira.

De acordo com o ex-deputado do CDS-PP, as primeiras declarações do Chefe de Estado Maior da Armada foram, do ponto de vista do conteúdo, as corretas.

"Do meu ponto de vista, se olharmos não para as circunstâncias mas para o conteúdo, nessas primeiras declarações sobre a insubordinação, parece estar lá tudo o que acho que um chefe militar deve dizer. A Marinha tem uma tradição de disciplina, não pode abdicar da disciplina e da proteção da disciplina e do acatamento das ordens. Há valores militares que têm de ser respeitados. Há canais militares próprios. As angústias e as dúvidas que aquela tripulação pudesse ter não foram utilizados. Não foram respeitados os oficiais nem o comandante do navio e não foi articulado nenhum relatório, nenhuma comunicação pelos meios hierárquicos normais sobre as condições do navio", começou por dizer o centrista, realçando, contudo, que o Almirante não comunicou a situação da forma certa.

"Essas declarações se estivessem num comunicado ou numa intervenção solene e pública, com o Chefe Maior da Armada sozinho, seriam compreensíveis e estavam certas. No quadro em que foram tornam-se também num outro elemento surreal neste processo", atirou, sublinhando que o que mais o impressionou nem foi "o aparato público dessa comunicação" mas sim "um Chefe Maior da Armada vir aludir a uma espécie de conspiração política que justificaria o incidente".

Lobo Xavier refere ainda que "um chefe militar do mais alto nível das Forças Armadas vem tratar um assunto gravíssimo de insubordinação atribuindo alguns aspetos desse incidente a uma espécie de conspiração política contra ele. É lamentável".

Sobre Gouveia e Melo, o comentador acrescentou ainda que nunca percebeu a "pressa" do Governo em nomeá-lo. "Nunca percebi porque é que o PS, o Governo, tinha pressa em fazer este militar Chefe de Estado Maior da Armada. Foram vários os momentos complicados dessa pressa e pareceu-me sempre que essa pressa tinha um interesse político", concluiu.

Recorde-se que 13 militares recusaram cumprir uma missão da Marinha na Madeira, alegando falta de condições para o fazer.

Leia Também: Militares que se recusaram a embarcar ouvidos hoje pela PJ Militar

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