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Rangel diz que "não há liberdade sem segurança" e alerta para crime na UE

O eurodeputado do PSD pediu mais ferramentas à UE para combater as redes criminosas.

Rangel diz que "não há liberdade sem segurança" e alerta para crime na UE
Notícias ao Minuto

10:23 - 16/03/23 por Hélio Carvalho

Política Parlamento Europeu

O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel defendeu na quarta-feira uma maior cooperação entre as polícias nacionais na União Europeia, de modo a combater um crime organizado "cada vez mais sofisticado", defendendo que "não há liberdade sem segurança".

Num debate sobre 'Combater crime organizado na UE', no qual também discursou o eurodeputado Nuno Melo, do CDS-PP, Rangel afirmou que "a luta contra o crime organizado é uma luta que não conhece fronteiras", alertando para a dimensão destas redes.

"O problema do crime organizado é hoje um problema europeu. Setenta por cento das redes criminosas ativas na Europa já operam em mais de três países em simultâneo e mais de metade delas usa a violência, a par do comércio ilegal que, não só mantêm milhares de milhões de euros ocultos nas nossas economias, como destrói a vida de milhares e milhares de cidadãos", explicou o eurodeputado e ex-candidato à liderança do PSD.

O debate no Parlamento Europeu surgiu depois de, há duas semanas, a Europol e o governo da Colômbia ter chegado a um acordo de partilha de informações, para investigar e desmantelar redes criminosas que traficam drogas para a União Europeia.

Rangel reiterou ainda que "não há liberdade sem segurança", criticando ainda os Verdes e a esquerda europeia por considerar que não fazem o suficiente para combater o crime. "Uma sociedade que tem medo não é uma sociedade onde haja direitos fundamentais e onde haja liberdade. E, por isso, o direito à liberdade é também o direito à segurança", disse.

Rangel, que faz parte do Comité sobre Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos do Parlamento Europeu, reiterou que "o pacote de medidas da Comissão para a cooperação policial na União Europeia estabeleceu aquele que é o modelo certo", pedindo que as instituições europeias continuem a "aprovar ferramentas para que as autoridades nacionais, as polícias nacionais, possam cumprir a sua missão de combate ao crime organizado, cada vez mais sofisticado".

"Num espaço de liberdade, segurança e justiça, temos de dar prioridade ao tráfico de pessoas e, em particular, ao tráfico de menores, ao tráfico de droga e também, claramente, àquilo que nós chamaríamos a corrupção e o crime económico, pois nós sabemos que 60% destas redes estão intrinsecamente ligadas à corrupção, ao crime económico e à fraude, nomeadamente ao branqueamento de capitais", salientou ainda Rangel.

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