Chegou o dia. Hoje, cerca de 400 milhões de pessoas são chamadas a votar naquelas que são as segundas maiores eleições democráticas do mundo. À sua frente apenas as eleições da Índia, o único país com 2 estados e sete territórios da união.
Mas estarão os eleitores europeus cientes disso? O Diário de Notícias recorda que em 2009 a taxa de participação a nível europeu ficou-se pelos 43% e a taxa de abstenção em 57%.
Porquê? Fabian Zuleeg, diretor executivo do Centro de Política Europeia em Bruxelas explica ao Diário de Notícias.
“A maioria dos cidadãos ainda tem dificuldade em ter uma ligação com o Parlamento Europeu. Consideram que o sistema é demasiado complexo, não veem o impacto que o PE [Parlamento Europeu] tem e sentem que ele e todo o sistema é demasiado complexo, não veem o impacto que o PE tem e sentem que ele e todo o sistema europeu são distantes deles”, afirma.
Além disso, a falha na ligação entre as instituições europeias e os cidadãos acaba por fazer com que sejam os temas nacionais a dominar as campanhas, levando os eleitores a realizar um voto de protesto”.
“Os cidadãos votam seguindo linhas nacionais” o que dificulta as campanhas pan-europeias e dão azo a uma nova questão que está relacionada com o pan-euroceticismo.
Aconteça o que acontecer, só a partir das 22h de Lisboa começarão a ser hoje conhecidos os resultados das eleições europeias e aí ficar-se-á a saber qual é o resultado deste ambiente de suspeita contra a Europa.