A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) da ilha Terceira, Alexandra Manes, acusou o Governo dos Açores de não ter uma resposta para o porto da Lajes das Flores, que permita abastecer de forma regular a ilha.

"Na ilha das Flores voltaram as trevas do tempo de Mota Amaral. Já há famílias sem gás. Não há gás à venda!", publicou, este fim de semana, a bloquista.

Já no Facebook, Alexandra Manes esclareceu a publicação.

"Recebi dois telefonemas em simultâneo. Eram de pessoas da ilha das Flores que procuram uma solução para o seu desespero. Faltou o gás. Tentaram adquirir uma botija, mas acabou a disponibilidade de gás naquela ilha", começou por escrever a antiga deputada açoriana, lembrando que o navio que deveria abastecer a ilha, o Malena, não conseguiu atracar devido às condições atmosféricas e que, por isso, teve de ser uma embarcação mais pequena a fazer chegar alguns alimentos perecíveis à ilha.

Na #ilha das #Flores voltaram as trevas do tempo de Mota Amaral. Já há famílias sem gás. Não há gás à venda!

— Manes (@AP_Manes) February 26, 2023

"Vejamos, nem os comerciantes nem as pessoas, neste momento, conseguem escolher ou selecionar a carga que chega à ilha. Deu-se prioridade, na ultima ida do Thor, a perecíveis e mercearia. Muito bem. Mas, atendendo à situação que se vive, que se agrava com as condições atmosféricas, não poderia esse mesmo barco ter voltado às Flores com gás?", questionou Alexandra Manes, culpando o Executivo açoriano do problema de abastecimento da ilha das Flores.

"A culpa não é dos comerciantes, não é das pessoas e nem do tempo. A culpa é do Governo Regional que persiste no erro de considerar que a vinda do antigo Malena vai resolver. O antigo Malena tem programada a sua ida às Flores para o dia 9 de março! 9 de Março! E neste hiato de tempo não houve ninguém, com responsabilidade política, que desse indicações para mais uma viagem às Flores para abastecer a ilha com gás? A culpa já nem é do porto destruído, é mesmo da falta de capacidade de gerir estas situações", atirou.

Recorde-se que o único porto comercial da ilha das Flores foi destruído pelo furacão Loureço, em outubro de 2019. Desde essa altura, há mais de três anos, que a ilha sofre de problemas de abastecimento de mercadorias. Muitos habitantes, comerciantes e empresários questionam as respostas dadas pelo Governo Açoriano para o problema, que tarda em ficar resolvido.

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