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Chega quer equipas de enfermagem 24 horas por dia nas prisões

O Chega deu entrada de um projeto de lei na Assembleia da República que prevê a instalação de equipas de enfermagem, 24 horas por dia, nos estabelecimentos prisionais, acusando precárias situações de saúde nas prisões do país.

Chega quer equipas de enfermagem 24 horas por dia nas prisões
Notícias ao Minuto

21:12 - 03/02/23 por José Miguel Pires

Política Enfermeiros

"O Chega considera que [...] a presença de uma equipa de enfermagem 24 horas por dia nos Estabelecimentos Prisionais é fundamental", realça o partido liderado por André Ventura na proposta de lei que deu esta sexta-feira entrada no Parlamento.

"Há muito que a falta de profissionais de saúde nos Estabelecimentos Prisionais (EPs) vem sendo relatada. Aliás, este é um problema transversal a todos os sectores em Portugal, faltam profissionais de saúde nas prisões, nos lares, nos estabelecimentos de ensino e no até no próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS)", começa por argumentar o Chega no documento.

Lá, o partido argumenta que "as prisões são um ambiente propício a que haja circulação de doenças transmissíveis, com elevada prevalência da SIDA, das hepatites B e C ou de infeções, como a tuberculose", sendo a sua população "frágil, com várias comorbilidades" e vivendo "concentrada, muitos deles dependentes de estupefacientes, com práticas sexuais não protegidas".

Por isso, diz o partido, "rapidamente um vírus se contagia nas cadeias, por exemplo, e durante a pandemia por Covid-19 esse contágio foi ainda mais visível". 

O Chega cita dados da plataforma Pordata, explicando que "nos 49 EPs espalhados pelo país, existem cerca de 186 enfermeiros, ou seja, há um enfermeiro por cada 67 prisioneiros, o que segundo a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), não é de todo suficiente". Mais, "nem todos os EP têm cuidados de enfermagem noturnos".

Segundo a DGRSP, garante o Chega, "apenas os EP que têm serviços clínicos e de enfermagem 24 horas por dia são os que têm enfermarias e o Hospital Prisional de Caxias".

Assim argumenta o partido a proposta, recordando que "trabalhar numa prisão é geralmente percecionado como um trabalho de risco", juntando-se "os baixos salários (maioritariamente a receber a 7,5€/hora), a inexistência de carreiras, a falta de autonomia e/ou projetos de melhoria da qualidade do trabalho, fazendo por isso com que seja muito difícil contratar".

Leia Também: Chumbada antecipação da reforma de enfermeiros e subsídio de risco no SNS

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