Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 12º MÁX 17º

Educação? Governo madeirense diz que PS instalou caos e "encurralou país"

O presidente do governo da Madeira, Miguel Albuquerque, disse, esta quinta-feira, que o "caos instalado na educação", no continente, é o exemplo do modelo que o PS defende para a região autónoma, sublinhando que o executivo socialista "encurralou o país".

Educação? Governo madeirense diz que PS instalou caos e "encurralou país"
Notícias ao Minuto

12:01 - 02/02/23 por Lusa

Política Educação

"Na região, sempre se compreendeu claramente que o professor deve ocupar um espaço central nos processos de ensino", afirmou Miguel Albuquerque, realçando que, por isso, o Governo Regional avançou com a recuperação integral do tempo de serviço e repôs "a justiça que era devida a estes profissionais".

O líder do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) falava no plenário da Assembleia Legislativa, durante o debate mensal com o Governo Regional, hoje dedicado ao setor da educação, no qual participaram também os secretários da Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, e dos Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino.

"O Partido Socialista encurralou o país numa espécie de paralisia cívica", disse, criticando o "caos instalado na Educação", com escolas fechadas, milhares de alunos sem aulas, greves e protesto, situação que, realçou, "é uma tragédia e vai custar muito caro" a médio e longo prazo.

O PS, maior partido da oposição regional, reagiu indicando que, na região autónoma, existem 9 mil jovens que não estudam nem trabalham e outros 17 mil emigraram nos últimos anos.

"Quando é que teremos capacidade para reter talento e evitar a fuga de cérebros para estrangeiro?", questionou o deputado e líder do PS/Madeira, Sérgio Gonçalves, recordando que a taxa de risco de pobreza na região é a mais elevada do país.

"Tudo isto é reflexo da sua governação e das suas políticas", reforçou.

Sérgio Gonçalves elogiou, por outro lado, o anúncio do Governo Regional sobre a vinculação dos professores em situação precária com mais de três anos de serviço, mas estranhou o facto de ocorrer em ano de eleições legislativas regionais.

"É eleitoralismo puro", declarou.

Em resposta, Miguel Albuquerque explicou que esta é a terceira vinculação extraordinária de professores promovida pelo seu executivo desde 2015, abrangendo já um total de 571 profissionais, sendo que 95% do corpo docente da região autónoma tem vinculo permanente.

O governante insular insistiu em que a situação na Madeira é diferente, pois "os pais sabem que vão encontrar as escolas abertas, com professores motivados para todas as disciplinas, e com o apoio competente de auxiliares de ação educativa", num "ambiente seguro" e com "boa organização funcional e pedagógica".

"É do conhecimento geral que não pode haver compromisso social e prestação adequada em grupos laborais injustiçados, sem perspetiva de futuro e alvo de perseguições que, sendo injustas em qualquer outro grupo, são tanto mais aviltantes quanto mais se exige aos docentes", reforçou.

Atualmente, estão a decorrer no continente quatro greves distintas convocadas por várias organizações sindicais. A primeira foi uma iniciativa do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação que, em dezembro, convocou uma paralisação por tempo indeterminado, que os professores têm cumprido de forma parcial, a apenas um tempo de aulas, e para a qual já foram entregues pré-avisos de greve até 24 de fevereiro.

No início do 2.º período, o Sindicato Independente de Professores e Educadores iniciou uma outra greve parcial, esta ao primeiro tempo de aulas de cada docente, que se deverá prolongar até fevereiro. Está também a decorrer uma greve por distritos, até 8 de fevereiro, convocada por uma plataforma de sindicatos que incluiu a Fenprof, e uma greve nacional de três dias, até sexta-feira, do Sindicato Nacional dos Professores Licenciados.

Leia Também: Centenas de docentes protestam em frente ao Ministério da Educação

Recomendados para si

;
Campo obrigatório