PCP alerta para "estrangulamentos" no hospital de Évora
O PCP alertou que os "principais estrangulamentos" do hospital de Évora são a falta de profissionais e "dificuldades" na urgência polivalente e na pediatria, reclamando ainda "particular atenção" para a urgência, ortopedia e gastroenterologia.

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Política Hospital de Évora
Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP argumentou que o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), "com cerca de 2.000 trabalhadores", se confronta com diversos "problemas".
"Os salários dos profissionais de saúde, a valorização das suas carreiras, o combate à precariedade e inexistência de medidas para fixação de novos profissionais da saúde no interior" são alguns deles.
Os alertas da DOREV surgem na sequência de uma reunião entre uma delegação do PCP e o presidente do conselho de administração do HESE, realizada esta semana.
"Esta reunião, a pedido do PCP, permitiu aprofundar o conhecimento dos principais estrangulamentos existentes no HESE, entre eles a falta de profissionais de diversos setores, as dificuldades existentes na urgência polivalente e na pediatria", pode ler-se no comunicado.
No hospital de Évora, "carecem de particular atenção as respostas de urgência polivalente, urgência pediátrica, ortopedia e gastroenterologia, tendo o PCP afirmado a intenção e vontade de encontrar as respostas possíveis e necessárias", destacou igualmente a DOREV.
A "recente medida" que envolve a transferência de competências na área da Saúde para as autarquias também foi criticada pelos comunistas, que consideraram que "a extinção" da Administração Regional de Saúde do Alentejo, integrando-a na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, vai ser prejudicial.
"Irá criar ainda mais dificuldades à prestação de cuidados primários de saúde, assim como ao funcionamento do hospital, o que, para o PCP, é mais um contributo para enfraquecer o Serviço Nacional de Saúde", argumentou a DOREV.
Quanto ao novo Hospital Central do Alentejo, que está em construção, em Évora, os comunistas defenderam que há necessidade de "clarificação e esclarecimento de algumas questões, designadamente sobre o financiamento global da obra e sobre o financiamento das infraestruturas e acessibilidades".
O PCP vai questionar o Governo sobre estes pontos.
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