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PS considera que resultados económicos demonstram "mudança estrutural"

O PS considerou hoje que os mais recentes dados sobre a evolução do crescimento da economia portuguesa demonstram em estar em curso uma mudança estrutural consistente, salientando o peso recorde das exportações no Produto Interno Bruto (PIB).

PS considera que resultados económicos demonstram "mudança estrutural"
Notícias ao Minuto

18:02 - 31/01/23 por Lusa

Política Economia

Esta posição foi transmitida pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Carlos Pereira, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado uma estimativa rápida em que a economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, acima dos 6,5% previstos no Orçamento do Estado para 2023.

O deputado do PS eleito pelo círculo da Madeira pegou nestes dados para destacar que, de 2021 para 2022, houve um crescimento de 11,8 mil milhões de euros e que os 6,7% registados no final do ano passado são "o maior valor deste 1987".

"A economia portuguesa está numa mudança estrutural consistente. Se olharmos para este crescimento, verifica-se que as exportações já contam mais do que 50% do PIB, o que é de facto um objetivo muito importante. Percebemos que há uma mudança estrutural na economia portuguesa", reforçou Carlos Pereira.

Ainda de acordo com os dados do INE, no quarto trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,1% em termos homólogos (desacelerando face aos 4,9% do terceiro trimestre) e 0,2% em cadeia (0,4% no trimestre anterior).

No entanto, o vice-presidente da bancada socialista acredita que a evolução da economia no próximo ano será melhor do que aquela que se previa no final de 2022.

"Este crescimento económico dá-nos confiança e esperança para 2023. As previsões para 2023 são de abrandamento, mas este robusto crescimento pode levar a uma revisão em alta desse indicador", sustentou.

Carlos Pereira referiu que sem este tipo de resultados ao nível do crescimento económico "seria muito difícil contrariar situações complexas que a população portuguesa tem passado", declarou, aludindo primeiro à pandemia da covid-19, entre 2020 e o início de 2022, e depois ao atual fenómeno da inflação.

´"Os resultados alcançados ao longo dos sete anos [de governos socialistas] não são obra do acaso. Em seis desses sete anos crescemos acima da média europeia. Isto é fruto de políticas públicas adequadas", declarou, dando em seguida como exemplos medidas tomadas para favorecer o empreendedorismo, estimular o investimento direto estrangeiro e "direcionar" políticas fiscais para "grandes projetos".

"Estamos a estimular como nunca antes as exportações. Temos recordes de investimento direto estrangeiro e startups e unicórnios [empresas com capital superior a mil milhões de dólares] e uma taxa de desemprego baixa, quase de pleno emprego. Num ano difícil de inflação, todas as políticas públicas tiveram impacto nos resultados económicos", apontou, realçando aqui as medidas do executivo de apoio às famílias e às empresas.

Neste ponto, Carlos Pereira assinalou que essas medidas de apoio "permitiram que o mercado interno continuasse robusto e que as empresas não perdessem competitividade".

"Foi desta forma que foi possível obter um resultado histórico de crescimento de 6,7%", acrescentou.

Ainda sobre a atual situação económica do país no contexto europeu, o dirigente da bancada socialista relativizou comparações com o caso da Roménia, dizendo que o crescimento económico registado por este país não pode ser desligado do fator de ter perdido 15% da população.

"É uma matéria de matemática. Cresce mais rápido. É um fenómeno que está explicado. Por outro lado, os países do leste europeu, que tem sido o tema explorado por alguns partidos, possuem economias com características bem diferentes", defendeu.

"Infelizmente", segundo o deputado socialista madeirense, "os países de leste em comparação com Portugal têm qualificações de recursos humanos superiores" às nacionais.

"Isso tem um impacto importante na aceleração do crescimento económico. Acrescente outro lado: Portugal tem uma situação do ponto de vista da dívida muito significativa. Estamos a fazer um esforço significativo para diminuir, mas ainda estamos acima dos 100%, enquanto os países de leste, em média, estão abaixo dos 50%, o que lhes dá uma mais folgada capacidade de investimento público", referiu.

Carlos Pereira realçou então a trajetória nacional de redução do peso da dívida no PIB.

"Os últimos dados da execução orçamental são claros: Já estamos com um peso da dívida no PIB na ordem dos 115%, quando no ano da pandemia Portugal estava nos 130%", observou.

Leia Também: Economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022 (abaixo da previsão do Governo)

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