"Estamos numa situação explosiva" e "o povo tem sempre na mão tudo"

Paulo Raimundo falou aos jornalistas durante as jornadas parlamentares do PCP que estão a decorrer, esta segunda e terça-feira, em Beja.

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Notícias ao Minuto com Lusa
30/01/2023 12:19 ‧ 30/01/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

PCP

O secretário-geral do PCP acusou o primeiro-ministro, esta segunda-feira, durante as jornadas parlamentares do partido, em Beja, de não querer baixar os preços dos bens essenciais.

Questionado pelos jornalistas no local sobre o que espera ouvir da boca de António Costa hoje, durante a entrevista que o chefe de Governo vai dar à RTP, Paulo Raimundo admite que há pelo menos uma coisa que gostava de ouvir.

"Tenho ouvido o primeiro-ministro dizer e estou de acordo com ele que o Governo não se pode concentrar no problema dos 'casos', que é preciso dar resposta aos problemas das pessoas. Estamos de acordo, então que dê. Que fixe os preços dos bens essenciais. Não faz porque não quer", atirou o líder do PCP, acrescentando que, "estamos numa situação explosiva do ponto de vista social e não são dadas respostas a isso".

O líder comunista sublinhou que a população não vai "ficar à espera quatro anos para se permitir uma mesma política que vai mandando para baixo cada vez mais".

Quanto à possibilidade de o povo ter na mão a possibilidade de deixar cair o Governo, Paulo Raimundo respondeu: "o povo tem sempre na mão tudo".

"Ou há resposta política por parte do Governo para resolver o problema da maioria das pessoas e, ao mesmo tempo, combater esta vergonha destes lucros acumulados na mão de muitos poucos, ou então as pessoas têm de agir de forma mais acentuada a esta política", reiterou.

"O Governo, das duas, três: ou cede, no bom sentido de dar resposta, ou então não tem alternativa senão sair", acrescentou.

Em seguida, questionado se, para o PCP, o caminho será o de eleições antecipadas, Paulo Raimundo respondeu que não.

"Não, nós não temos nenhuma opção com eleições nem queremos fazer nenhum esforço para isso. O que queremos é que o Governo tem os instrumentos todos na mão, inclusive maioria absoluta, que cumpra, que dê respostas, que resolva o problema das pessoas, esse é que é o nosso empenho todo. Eleições antecipadas, por si só, não resolve nada", disse.

Já sobre a extinção da secretaria de Estado da Agricultura, Paulo Raimundo defendeu que "é uma opção errada" e sublinhou que, "independentemente dos casos e das pessoas em concreto", este é um setor com "uma importância estratégica para o país", que não poderia ter ficado sem secretaria de Estado.

As jornadas parlamentares do PCP começaram hoje, em Beja, com uma duração de dois dias, focadas nos direitos laborais, sociais e culturais, com iniciativas ligadas à ferrovia, saúde, produção agrícola ou infraestruturas.

Leia Também: Em viagem entre Pragal e Beja, PCP pede maior investimento na ferrovia

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