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PSD acusa Governo de "fazer campanha" com PRR "enganar municípios"

O presidente do PSD acusou hoje o executivo de estar a "fazer campanha política" com fundos europeus e dinheiro dos contribuintes e de estar a "enganar os municípios" na recente iniciativa 'Governo mais próximo'.

PSD acusa Governo de "fazer campanha" com PRR "enganar municípios"

Numa conferência do Partido Popular Europeu (PPE) em Lisboa, dedicado ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), Montenegro referiu-se à iniciativa que levou esta semana grande parte do executivo a Castelo Branco e que será repetida noutros distritos.

"Com o dinheiro dos contribuintes portugueses e com o dinheiro da Europa, o Governo está a fazer já hoje campanha política no terreno. Estas visitas estão a servir para que membros do Governo vão prometer obras, inaugurar primeiras placas, porque em Portugal temos uma tradição -- sempre que temos governos socialistas -- que primeiro se põem as placas e depois se inauguram as obras", acusou.

O presidente do PSD diz que o Governo está a fazer "ainda pior" e a tentar perceber em cada município quais as obras mais avançadas a tempo de serem encaixadas no PRR, mas com estimativas de custo "muito aquém" do valor real, o que constituirá um "presente envenenado" para as autarquias no futuro.

"O Governo português está a enganar os municípios portugueses, está a enganar o espírito do PRR, está a aproveitar para fazer campanha política e para onerar ainda mais as dificuldades financeiras das autarquias", acusou.

Na sua intervenção de menos de meia hora, Montenegro considerou que, nos últimos sete anos, o Governo do PS quis "acabar com um estigma" e apresentar à Europa contas públicas equilibradas.

"Mas as contas equilibradas do Governo socialista português têm pés de barro (...) Impostos máximos, falta de investimento público e falta de crescimento económico, é isto que tem acontecido em Portugal", criticou.

Para o líder do PSD, "isto tem tudo a ver com o PRR", acusando o executivo português de canalizar para a esfera pública "todos os meios financeiros que deviam estar direcionados para o investimento e para as empresas e também para as famílias que sofrem as agruras do processo de inflação".

Luís Montenegro recorreu a uma frase celebrizada por um comentador desportivo para desafiar a audiência a recordar qualquer reforma estrutural feita pelo atual Governo.

"Digam-me uma, uma só transformação estrutural, uma só, que o Governo socialista nos últimos sete anos tenha sido capaz de levar à vida do país. Sinceramente, isto é mesmo muito poucochinho", criticou, numa alusão à expressão utilizada por António Costa para se referir ao resultado do PS de António José Seguro nas europeias de 2014.

No final da sua intervenção, o líder do PSD lembrou que só está em funções há pouco mais de meio ano e contava -- e disse ainda continuar a ter essa perspetiva -- que o mandato do Governo se estendesse até 2026.

"O nosso calendário é outubro de 2026. Se for alterado, já sabem que há um responsável, do Governo do PS", acusou.

Luís Montenegro revelou ainda que o seu "sonho para Portugal é que um dia o país seja contribuinte líquido da Europa".

"Portugal tem tudo para ser um país que faz tão bem ou melhor que os outros, nós queremos passar à vossa frente, é este o nosso objetivo", afirmou, em tom bem-humorado, perante uma plateia com pessoas de várias nacionalidades na reunião do PPE.

[Notícia atualizada às 14h55]

Leia Também: "Guerras internas do PS" no Governo estão a prejudicar aplicação de PRR

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