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Conselho Nacional do PSD com críticas de Moedas às "artimanhas do PS"

O Conselho Nacional do PSD durou na quarta-feira à noite pouco mais de duas horas, com as contas do partido aprovadas por unanimidade, e com críticas de Carlos Moedas às "artimanhas do PS".

Conselho Nacional do PSD com críticas de Moedas às "artimanhas do PS"
Notícias ao Minuto

06:29 - 26/01/23 por Lusa

Política PSD

Moedas, que encabeçou a lista do líder do partido Luís Montenegro ao Conselho Nacional, fez uma intervenção neste órgão centrada sobretudo em Lisboa, recordando que foi "há um ano e quatro meses" que venceu a câmara da capital.

"Não se deixem condicionar pelas pequenas artimanhas de distração que o PS vai criando", apelou o autarca, segundo relatos feitos à Lusa, numa intervenção em que elogiou o "trabalho extraordinário" que Luís Montenegro está a fazer à frente do partido.

"As suas posições são de um líder que tem coragem e conhece as suas responsabilidades", disse, perante os conselheiros.

Tal como as anteriores reuniões do Conselho Nacional da 'era Montenegro' -- que preside ao partido desde julho do ano passado -, esta foi uma reunião sem polémica e rápida.

Numa intervenção inicial de cerca de 40 minutos, o presidente do PSD justificou, de forma indireta, a abstenção na recente moção de censura da Iniciativa Liberal ao Governo, mas deixando avisos para o futuro.

"No dia em que concluirmos que o Governo não tem condições para prosseguir, não vamos a correr ver quem chega primeiro, não vamos com manobras de diversão. Vamos ao senhor Presidente da República dizer por mais A mais B porque é que a realidade política e económica do país reclama a interrupção da legislatura", afirmou, numa reunião com poucos deputados presentes, para além da direção da bancada parlamentar.

Montenegro explicou que o PSD não pede eleições "pelo menos para já" por entender que ainda "é a hora" de António Costa governar, a poucos dias de se completar um ano da maioria absoluta do PS, que disse ser marcado "por desnorte" e "falta de liderança".

"Dr. António Costa, esta é a sua hora, é hora de mostrar o que vale, não é hora de arranjinhos no parlamento com PCP e BE, não é hora de ir atrás de uma maioria absoluta que já tem, é hora de dizer que ainda é merecedor da tarefa que o povo lhe atribuiu e que ainda está a tempo de recomeçar a sua governação", apelou.

Por outro lado, o líder do PSD acusou "a máquina de propaganda do PS e do Governo" de tentar atirar o PSD para a lama e de estar "associada a vários interesses" que preferem manter os socialistas no poder.

"Não me intimidam nem intimidam o PSD, estamos aqui para lutar por Portugal até à ultima gota do nosso esforço", assegurou Luís Montenegro, que disse não se deprimir nem se entusiasmar com estudos de opinião, num dia em que uma sondagem da TVI/CNN colocou os sociais-democratas à frente do PS.

Na reunião, foram ainda aprovadas por unanimidade as contas do partido de 2021 (que incluíam as últimas eleições autárquicas) e o orçamento do PSD para este ano.

Em 2021, o PSD teve resultados líquidos positivos de 18 mil euros, contra os 2,4 milhões de euros de prejuízo que tinha registado no anterior ano de eleições locais, em 2017.

Já o Plano de Atividades dos sociais-democratas para 2023 foi aprovado pela Comissão Política Nacional, também por unanimidade, e apenas apresentado aos conselheiros.

Esse plano inclui alterações ao regulamento de quotas aprovado na anterior direção e o lançamento das bases de uma reforma estatutária, que "pondere a abertura do universo eleitoral a todos os militantes".

Por exemplo, a referência para o pagamento das quotas no multibanco deixa de ser aleatória -- como previsto no regulamento aprovado em 2019 na direção de Rui Rio -- e passará a ser "aberta com base no número de militante para pagamento da quota".

Ainda no âmbito da militância, o PSD vai promover uma campanha de adesão ao pagamento de quotas por débito direto (até final do mês de junho, com desconto de 25% na próxima anuidade) e uma campanha de angariação de novos militantes ("com destaque para os antigos militantes -- refiliação - e introdução do conceito de agregado familiar").

Leia Também: Montenegro acusa "PS e Governo" de tentar atirar PSD "para a lama"

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