Jornada Mundial da Juventude? "É um grande projeto internacional"
António Costa está em Castelo Branco, onde está a decorrer, esta quarta-feira, a iniciativa 'Governo Mais Próximo'. Questionado sobre o investimento da autarquia de Lisboa para receber o Papa Francisco, o primeiro-ministro defendeu a importância do evento no quadro internacional.
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Política António Costa
O primeiro-ministro António Costa está em Castelo Branco, esta quarta-feira, no decorrer da iniciativa 'Governo Mais Próximo'. Questionado pelos jornalistas sobre o altar-palco das Jornada Mundial da Juventude (JMJ), cujo valor de mais de 4 milhões de euros está a causar polémica, o chefe de Governo começou por sublinhar a lateralidade do tema: "Hoje é um dia dedicado ao distrito de Castelo Branco", disse, sublinhando que "Portugal não é Lisboa", cidade sobre a qual garante que haverá outras alturas para falar.
Apesar disso, o primeiro-ministro acabou por recordar que a realização da Jornada Mundial da Juventude "é um grande projeto internacional, que mobiliza todo o país" e a distribuição "entre aquilo que é comparticipado pelo Estado e aquilo que é por outras entidades" já está acordado.
Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, revelou que sabia que a infraestrutura seria "muito cara" e "um investimento muito grande" para Lisboa, mas que espera que esta possa ficar "para o futuro".
O Presidente da República é da mesma opinião. Para Marcelo Rebelo de Sousa o altar-palco pode servir, posteriormente, para "outro tipo de eventos".
"Há uma resiliência grande no nosso tecido empresarial"
Na sua passagem pelo distrito, na fábrica da marca Dielmar, o Chefe de Governo revelou aos jornalistas que esta é uma "visita particularmente simbólica", a "uma empresa tradicional" que viveu no passado "condições muito difíceis", mas que conseguiu dar a volta, fazendo um paralelismo com o estado do país.
"Há uma resiliência grande no nosso tecido empresarial que é aquilo que tem sustentado o crescimento da economia, a manutenção do emprego, a evolução do emprego e que nos dá confiança e convição de que não só vamos crescer como podemos vir a crescer mais do que tínhamos previsto", salientou António Costa, acrescentando alguns valores à equação.
"O ano passado, que foi um ano de enorme incerteza, marcado pela guerra, foi o ano durante o qual o valor das exportações portuguesas ultrapassou 50% do valor do Produto Interno Bruto (PIB). Claro que uma parte tem a ver com os serviços e com o turismo, mas uma enorme componente, crescente componente, tem a ver com a indústria", realçou.
Questionado sobre o facto de ter levado vários ministros a Castelo Branco para participarem na iniciativa 'Governo Mais Próximo', o governante relembrou que esse é um dos objetivos do programa do Executivo.
"Há um dia, que é a quarta-feira, que cada membro do Governo tem relativamente ao seu setor de atividade a sua própria agenda. Eu procuro ter um programa onde me dirija e esteja em contacto com os vários setores", explicou.
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