Pouco mais de dois anos depois de se ter tornado membro da IL -- a entrada foi em agosto de 2020 -, Rui Rocha tornou-se o quarto presidente do partido, vencendo a deputada Carla Castro e o conselheiro nacional José Cardoso.
O novo presidente sempre foi muito ativo nas redes sociais, mas em entrevista à agência Lusa afirmou que não leva o Twitter "muito a sério", assegurando, pelo contrário, que se nota nas suas intervenções que leva "a política muito a sério".
"Mas sim, eu sou uma pessoa combativa. Sou uma pessoa que gosta do combate, do debate, gosta da evidência, da discussão e, portanto, sim, eu sou uma pessoa combativa e tenho uma ambição muito grande", disse então.
Antes de ser o cabeça de lista por Braga às eleições antecipadas de 2022, que o levou ao seu lugar na bancada parlamentar, Rui Rocha trabalhou nas equipas que fizeram a comunicação da campanha do antigo candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves e da campanha às legislativas.
O novo presidente nasceu em Angola e tem 52 anos, é casado e tem dois filhos.
É licenciado em Direito pela Universidade Católica do Porto e foi assistente convidado na cadeira de Direito Internacional Privado e Direito dos Contratos na Universidade Moderna. Trabalhou como advogado, consultor jurídico e diretor de recursos humanos em empresas de construção, automóvel, banca e retalho especializado.
Tendo integrado a comissão executiva da IL cessante, na Assembleia da República integra as comissões de Trabalho, Segurança Social e Inclusão e a de Agricultura e Pescas.
Com o apoio imediato do então presidente cessante João Cotrim Figueiredo, Rui Rocha apostou numa "continuidade renovada", mantendo mais de metade da anterior comissão executiva e tendo o apoio de todos os deputados que se expressaram sobre esta disputa interna.
Ao longo de toda a campanha interna -- em que deu a volta aos núcleos espalhados pelo país e também fora dele -- Rui Rocha quis focar-se nas propostas para o país e nos ataques ao PS e a António Costa.
Apesar de querer um partido fortalecido internamente e mais capacitado, o novo presidente traçou um objetivo que assumiu como ambicioso que é o partido alcançar os 15% nas próximas legislativas, caso estas decorram no calendário previsto, porque a meta é romper o bipartidarismo em Portugal para transformar o país.
"Eu não quero fazer cócegas ao sistema, eu quero mudar Portugal. Nós vamos mudar Portugal", comprometeu-se.
Em entrevista à agência Lusa, Rui Rocha garantiu que, como presidente da IL, qualquer acordo futuro com o PSD terá um "caderno de encargos" que entre as condições, para além da visão do país, deixará claro que "não haja acordos paralelos do PSD com partidos extremistas" como o Chega.
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