O controverso antigo bastonário da Ordem dos Advogados apresenta-se a eleições, no próximo dia 17 de maio, contra o “carreirismo político” e a falta de transparência dos partidos. Em declarações ao Diário de Notícias, Marinho Pinto
não descarta a hipótese de um dia se candidatar à presidência da República.
"Eles nunca põem os interesses do povo português em primeiro lugar”, critica, referindo-se ao PS, PSD e CDS, partidos que tem criticado e cujas listas “dificilmente integraria”.
Para o jurista, a falta de transparência e o carreirismo são os principais problemas da vida política portuguesa em geral e dos partidos em particular. “Servem clientelas específicas, aquela imensidão de pessoas que gravita em torno dos partidos, que só tem emprego quando o partido está no poder”, pormenoriza em entrevista ao diário nacional.
Marinho Pinto deixa também críticas a Paulo Rangel, a quem chama “um oportunista político”, e explica as razões que o levaram a rejeitar o convite para um debate na Associação 25 de Abril: “recuso-me a participar numa segunda liga, em que quem me convida me menoriza à partida”.
Conhecido pelas suas posições públicas – e por vezes polémicas – enquanto bastonário, Marinho Pinto recusa ver o Parlamento Europeu como uma “prateleira dourada”. “Quem quiser, tem muito que fazer”, diz. E adianta até uma das propostas enquanto candidato a eurodeputado: a eliminação das taxas moderadoras para pessoas a partir de certa idade. “As sociedades produzem riqueza suficiente para garantir condições de dignidade à pessoa humana”, conclui.