O ministro das Finanças, Fernando Medina, foi, esta sexta-feira, ouvido pela Comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento. Em causa esteve o caso que envolve a polémica indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis.
A audição ficou, sobretudo, marcada por acusações entre o PSD e o PS, com os socialistas a acusarem os sociais-democratas - que recorreram ao direito potestativo para forçar a audição - de quererem provocar um “caça-fantasmas” com questões para as quais já se sabe a resposta.
Fernando Medina reconheceu ainda que o processo de nomeação de Alexandra Reis “não correu bem” e confessou que “não teria” convidado a ex-gestora da TAP se soubesse da indemnização. “É evidente que, se eu pudesse ter evitado isso, teria evitado”, frisou.
Durante as três horas de duração da audição, o ministro das Finanças reiterou ainda, por várias vezes, que “não sabia” da indemnização a Alexandra Reis e que foi, inclusive, paga numa altura em que não exercia funções no Governo.
A audiência decorreu depois de o Partido Socialista chumbar os requerimentos do Partido Social Democrata (PSD), Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda e Chega para chamar a audições na Assembleia da República o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, Alexandra Reis e os responsáveis da TAP.