Demissão era inevitável, diz PAN. Chega acusa instituições "em causa"
O PAN considerou esta quinta-feira a demissão da secretária de Estado da Agricultura "uma inevitabilidade", enquanto o Chega defendeu que "é tempo de mudar de governo" e que o funcionamento das instituições está "definitivamente colocado em causa".
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Política Demissões no Governo
"O país precisa de foco na promoção de respostas para os vários desafios que enfrenta, não de um governo à deriva, perdido na sua própria maioria absoluta", defendeu a deputada do PAN Inês de Sousa Real através da rede social Twitter, apelando para que não se normalize "o que não deve ser normalizado".
A deputada única do PAN lançou novamente um repto ao primeiro-ministro António Costa, para que este "não se feche na maioria absoluta e esclareça a oposição e o país, assumindo uma postura dialogante".
Inês de Sousa Real desafiou ainda António Costa a regressar aos debates na Assembleia da República, "pelo menos mensalmente".
Já o presidente do Chega, André Ventura, defendeu no Twitter que o Presidente da República "tem de interiorizar que o equilíbrio e o regular funcionamento das instituições estão definitivamente colocados em causa", salientando que "é tempo de mudar de governo".
A secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, apresentou esta quinta-feira a sua demissão por entender não dispor de "condições políticas e pessoais" para iniciar funções, um dia após a tomada de posse.
O Correio da Manhã noticiou esta quinta-feira que a nova secretária de Estado da Agricultura tem várias contas bancárias arrestadas, no âmbito de uma investigação que envolve o seu marido e antigo presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira.
A demissão de Carla Alves surgiu um dia após a posse de dois ministros e seis secretários de Estado, numa remodelação originada pelo caso da indemnização de 500 mil euros paga à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis, para sair da administração da TAP.
A remodelação desencadeada pelo caso TAP originou a saída do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que tutelava a TAP, e dos secretários de Estado das Infraestruturas e do Tesouro. Em paralelo, saiu o secretário de Estado da Agricultura.
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