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Despacho é para "ganhar tempo" e saída de Alexandra Reis é "inevitável"

Para o vice-presidente do PSD, António Costa também tem aqui "uma responsabilidade" e tem de "dar uma explicação".

Despacho é para "ganhar tempo" e saída de Alexandra Reis é "inevitável"
Notícias ao Minuto

08:14 - 27/12/22 por Marta Amorim com Lusa

Política Alexandra Reis

O eurodeputado e vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, analisou a indemnização paga pela TAP à secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, e apelidou a situação de "inenarrável". 

Em declarações à SIC, assevera que "o Governo diz que não sabe quais são as condições [do alegado despedimento] e é evidente que sabe". 

"Isto tem mesmo que ser explicado. Como é que o Ministro das Infraestruturas nomeia para presidente da NAV uma pessoa que saiu da TAP sem saber em que condições é que essa pessoa saiu", frisa, acrescentando que "se há alguém que tem estado muito atento à questão da TAP é Pedro Nuno Santos".

"O mesmo se passa com o Ministro das Finanças. Se vai nomear alguém para secretário de Estado do Tesouro, que vai ter a tutela da TAP - e da NAV por sinal - com certeza que sabe que essa pessoa teve um currículo na TAP e na NAV...", atira. 

Para o vice-presidente do PSD, António Costa também tem aqui "uma responsabilidade" e tem de "dar uma explicação".

"Esta questão do despacho é só para ganhar tempo", finaliza, dizendo que este é um compasso de espera para a "inevitável" nova saída do Governo. 

Paulo Rangel lembra ainda os 3,2 milhões injetados na TAP, e como se exige uma explicação. 

O Correio da Manhã noticiou na edição de sábado que Alexandra Reis recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.

Na segunda-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, e Pedro Nuno Santos emitiram um despacho onde pedem à administração da TAP "informações sobre o enquadramento jurídico do acordo" celebrado com a secretária de Estado Alexandra Reis, incluindo acerca da indemnização paga.

No mesmo dia, em declaração escrita enviada à Lusa, na segunda-feira, Alexandra Reis disse que nunca aceitou, e devolveria "de imediato" caso lhe tivesse sido paga, qualquer quantia que acreditasse não estar no "estrito cumprimento da lei" na saída da TAP.

Alexandra Reis disse que o acordo de cessação de funções "como administradora das empresas do universo TAP" e a revogação do seu "contrato de trabalho com a TAP S.A., ambas solicitadas pela TAP, bem como a sua comunicação pública, foi acordado entre as equipas jurídicas de ambas as partes, mandatadas para garantirem a adoção das melhores práticas e o estrito cumprimento de todos os preceitos legais".

Alexandra Reis, que tomou posse como secretária de Estado do Tesouro na última remodelação do Governo, ingressou na TAP em setembro de 2017 e três anos depois foi nomeada administradora da companhia aérea.

A agora governante renunciou ao cargo em fevereiro e, em junho, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV).

Leia Também: Frente Cívica pede ao Governo que explique saída da TAP de Alexandra Reis

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