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"Aparte irritado". Costa pede desculpa a Moedas: "Não deveria ter feito"

O primeiro-ministro lamentou o "aparte irritado" com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, alegando que "os primeiros-ministros não são como os bonecos de feira a quem se atiram bolas".

"Aparte irritado". Costa pede desculpa a Moedas: "Não deveria ter feito"
Notícias ao Minuto

18:12 - 16/12/22 por José Miguel Pires

Política PRR

"Depois de mais de 14 horas de reunião, cheio de sono, fiz um aparte irritado e não o devia ter feito, peço desculpa. Foi uma expressão coloquial, mas o debate político vive de um lado e do outro. Essa ideia de que os primeiros-ministros são uns bonecos de feira, a que se atiram bolas e que têm de apanhar e engolir... a vida não é assim."

Assim 'esclareceu' o primeiro-ministro, António Costa, a 'farpa' que atirou ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, no final da conferência de imprensa do Conselho Europeu.

Recorde-se que, na quinta-feira, quando questionado sobre a falta de um contacto com Moedas durante as cheias de Lisboa, o primeiro-ministro respondeu: "Pergunte-lhe porque é que ele não me contactou a mim, que tive a casa inundada."

Nesta sexta-feira, e após o pedido de desculpas, Costa negou, no entanto, retratar-se junto do autarca lisboeta, até porque o próprio "já disse que o assunto estava encerrado".

Na quinta-feira à noite, após uma semana marcada pelas fortes cheias que causaram estragos um pouco por todo o país e principalmente em Lisboa, António Costa foi questionado pelos jornalistas sobre a alegada falta de comunicação com Carlos Moedas. O primeiro-ministro confirmou e reiterou que deveria ter sido o autarca lisboeta a ligar-lhe, para saber se a sua casa, em Benfica, tinha sofrido danos com as cheias.

Em resposta, Moedas disse que não queria criar "mais fricção, mais irritação", afirmando sentir "alguma irritação", mas que, do seu lado, estava "bem". “Não vou fazer mais comentários. Aquilo que eu preciso do Governo é claro: soluções rápidas. Nós tivemos dias muito difíceis. É preciso estar ao lado da população e é aí que eu estava", garantiu o autarca esta sexta-feira aos jornalistas, no Teatro Aberto.

As chuvas torrenciais em Lisboa resultaram, no país inteiro, entre as 00h e as 19h da passada quarta-feira, em cerca de 3.000 ocorrências registadas, mais de metade das quais em Lisboa.

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