Pirueta política? "PS é que mais puxa pelo Chega por interesse eleitoral"

Eurico Brilhante Dias, presidente do Grupo Parlamentar do partido socialista, acusou o PSD de se aproximar do Chega em relação à agenda da extrema-direita. O social-democrata Hugo Soares respondeu, em entrevista à CNN.

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Notícias ao Minuto
06/12/2022 08:58 ‧ 06/12/2022 por Notícias ao Minuto

Política

Hugo Soares

O secretário-geral do Partido Social Democrata (PSD), Hugo Soares, referiu esta terça-feira, quando questionado sobre as acusações feitas por Eurico Brilhante Dias, presidente do Grupo Parlamentar do partido socialista, do partido fazer "pirueta política" e de se aproximar do Chega em relação à agenda da extrema-direita, que "o PS é que mais puxa pelo Chega por interesse eleitoral".

O PS "não perde uma oportunidade" para falar do partido de André Ventura, destacou Hugo Soares, em entrevista à CNN.

Segundo o secretário-geral, "ainda o Chega não existia, já o atual líder do PSD defendia um referendo sobre esta matéria [eutanásia]", garante.

Após mais de 50 audições e pareceres, não é surpresa "que esta matéria [eutanásia] divide tanto o parlamento", salientou o secretário-geral do PSD, denotando que "foi um trabalho o mais estudado de sempre no parlamento". "Agora o parlamento chegou a uma conclusão", rematou.

O presidente do PSD justificou esta segunda-feira a proposta de referendo por considerar que "uma matéria controversa" como a eutanásia deveria ser decidida com base numa consulta popular a toda a população, e considerou que o tema não esteve no centro de debate em anteriores legislativas.

De acordo com Hugo Soares, essa decisão acontece uma vez que Luís Montenegro "tem muitas duvidas do foro pessoal". "Porque é que não se há de perguntar ao povo sobre esta matéria?", questionou o secretário-geral do PSD.

O PSD avançou com um projeto de resolução para a realização de uma consulta popular sobre a despenalização da morte medicamente assistida esta segunda-feira. O PS rejeitou a proposta, por acontecer numa altura em que o Parlamento já discute um texto "robusto e maduro".

Leia Também: "Argumentos pueris" do PS. Montenegro diz defender referendo há muito

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