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"Cortesia" e "enorme contributo". As reações à saída de Jerónimo do PCP

Jerónimo de Sousa vai deixar a liderança do PCP, após 18 anos como secretário-geral do partido. Será substituído por Paulo Raimundo.

"Cortesia" e "enorme contributo". As reações à saída de Jerónimo do PCP
Notícias ao Minuto

23:43 - 05/11/22 por Notícias ao Minuto

Política Jerónimo de Sousa

O Partido Comunista Português (PCP) anunciou, ao início da noite deste sábado, que Jerónimo de Sousa se prepara para deixar a liderança do partido, cargo que ocupa há 18 anos. O político, de 75 anos, será substituído por Paulo Raimundo, mas manter-se-á como membro do Comité Central do PCP. Na esfera política nacional, foram várias as reações à decisão.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, realçou a “cortesia” e “cooperação institucional” do político comunista. “Tive com o secretário-geral do PCP uma cooperação institucional e ele manteve sempre uma cooperação institucional com o Presidente da República. Independentemente de concordâncias e discordâncias, como aconteceu na votação do último Orçamento do Estado, do penúltimo, que determinou a dissolução do parlamento, foi sempre de uma cortesia institucional e de uma cooperação institucional muito rigorosa”, afirmou o chefe de Estados aos jornalistas à saída de uma visita à Casa das Histórias - Paula Rego, em Cascais. 

Já o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, agradeceu o “enorme contributo” de Jerónimo de Sousa para as instituições democráticas portuguesas.  

“No dia em que se anuncia que o deputado Jerónimo de Sousa deixará de ser, a seu pedido, secretário-geral do PCP, é tempo de agradecer o enorme contributo que tem dado para as instituições democráticas portuguesas”, escreveu na rede social Twitter.

Também no Twitter, Luís Montenegro, líder do PSD, destacou que, apesar de estar "nos antípodas do comunismo", respeita "democraticamente os seus 'crentes'" e, referindo-se a Jerónimo de Sousa, sempre apreciou "a sua simplicidade e urbanidade". 

"Estou nos antípodas do comunismo. Mas respeito democraticamente os seus 'crentes'. No caso de Jerónimo de Sousa, sempre apreciei a sua simplicidade e urbanidade. Sempre me emprestou simpatia pessoal e lealdade no combate político. Desejo-lhe felicidades pessoais e familiares", escreveu.

O antigo dirigente do Bloco de Esquerda (BE) Francisco Louçã considerou que o anúncio e a altura em que surgiu foi uma “surpresa” - uma vez que o comunista, apesar dos problemas de saúde, “alegava ter disponibilidade para continuar [no cargo] durante algum tempo” - e destacou o seu “papel importante”. 

“Jerónimo de Sousa teve um papel muito importante neste longo - muito longo - período na direção do partido. (...) Teve um papel muito importante e esse papel foi significativo na afirmação política do PCP”, frisou em declarações à SIC Notícias.

Posteriormente, também a atual líder bloquista, Catarina Martins, recorreu ao Twitter para sublinhar que Jerónimo de Sousa é "o rosto de uma parte imprescindível da esquerda".

"Exemplo de abnegação e entrega, Jerónimo de Sousa é o rosto de uma parte imprescindível da esquerda. Estou certa que continuaremos a encontrar-nos em combates comuns", escreveu.

Segundo o PCP, Jerónimo de Sousa, "refletindo sobre a sua situação de saúde e as exigências correspondentes às responsabilidades que assume, colocou a questão da sua substituição nas funções que desempenha" como secretário-geral do partido.

Numa reunião do Comité Central do PCP marcada para o próximo sábado, 12 de novembro, "será feita a proposta de eleição de Paulo Raimundo para secretário-geral do PCP".

[Notícia atualizada às 09h41]

Leia Também: Paulo Raimundo, o sucessor de Jerónimo. Quem é o novo líder comunista?

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