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Câmara do Funchal tira Revolução da "clandestinidade"

O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, disse que o 25 de Abril saiu da "clandestinidade" nesta autarquia que comemorou hoje, pela primeira vez e de forma solene, o aniversário da Revolução dos Cravos.

Câmara do Funchal tira Revolução da "clandestinidade"
Notícias ao Minuto

13:52 - 25/04/14 por Lusa

Política Paulo Cafôfo

"A nova câmara tira o 25 de Abril da clandestinidade que durante anos foi obrigado a refugiar-se por ordem de muitos que aqui se intitularam e intitulam de grandes democratas, mas nunca comemoraram a Revolução dos Cravos", disse.

Paulo Cafôfo realçou que "comemorar a História é também fazê-la e, aqui, a fazemos comemorando pela primeira vez a Revolução dos Cravos".

Para Paulo Cafôfo, que lidera a coligação "Mudança" que derrotou o PSD nas eleições autárquicas de 29 de setembro de 2013, não se deve olhar para o 25 de Abril numa perspetiva de passado "mas com os olhos postos no futuro, recuperando e reinventando o espírito da Revolução, do que aconteceu, mas acima de tudo do que ainda não aconteceu".

Segundo o autarca, vivem-se "dias em que querem virar a História do avesso".

"Querem inverter o sentido das conquistas de Abril, os filhos de Abril estão em retrocesso em relação aos seus pais", disse, acrescentando que "há uma outra revolução em curso que quer mudar tudo ao contrário do que foram os ideais nascidos em 1974".

Mas, na opinião do responsável da principal autarquia da Madeira, "Abril não se esgota na liberdade, estende-se ao desenvolvimento económico e à justiça social".

Cafôfo disse que é necessário provar que é possível outras políticas como "pagar as dívidas e não violar direitos que devem ser respeitados e não retirados".

A sessão solene teve como conferencista o coronel Sousa e Castro, um dos participantes do Movimento das Forças Armadas, que lembrou que "Portugal, as suas autarquias metropolitanas e as suas regiões autónomas vivem hoje, após décadas de progresso, de grandes realizações materiais e visíveis mudanças sociais e culturais, enormes dificuldades de natureza económica e financeira com repercussões dramáticas no tecido social".

"Mas só facto de elas se situarem no quadro democrático é certeza suficiente para pensarmos que serão superáveis", disse.

Para Sousa e Castro "o povo chamado a pronunciar-se, desde que o faça em liberdade, tem a soberania da escolha e pela escolha livre e democrática achará soluções".

A sessão solene foi aberta pela presidente da Assembleia Municipal, Luísa Clode, e teve a participação, ao contrário do que aconteceu na Assembleia Legislativa, de cada um dos representantes das forças politicas - Herlanda Amado (PCP), Américo Dias (CDS), Domingos Abreu (PSD) e Guida Vieira, pela coligação "Mudança" (PS, BE, PND, MPT, PAN e PTP).

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