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Normalização da extrema-direita? Montenegro diz que "é anedótico"

Líder da oposição lembrou que o PS governou com dois partidos de extrema-esquerda, o Bloco de Esquerda e o PCP e reforçou que quanto mais ataques se desfere ao Chega, mais espaço o partido ganha e o PS "faz isso de propósito".

Normalização da extrema-direita? Montenegro diz que "é anedótico"
Notícias ao Minuto

19:47 - 26/09/22 por Notícias ao Minuto

Política Luís Montenegro

O líder do PSD, Luís Montenegro, comentou, esta segunda-feira, a vitória do partido de extrema-direita Irmãos de Itália, indicando esperar que haja moderação e "respeito por todos os valores que defendemos". 

"Antevendo que possa haver uma coligação com partidos com alguma afinidade àquele que foi mais votado, tentaremos que aqueles partidos que são mais próximos - ou integrem mesmo - do Partido Popular Europeu possam ser a voz da moderação", começou por apontar. 

O social-democrata deposita confiança nestes referidos partidos para que possam "colaborar" para que o "próximo governo italiano tenha respeito pelos valores que defendemos e seja uma parte importante do caminho que a Europa vai trilhar nos próximos anos". 

Quanto a declarações hoje proferidas de que a extrema-direita está a subir como consequência da 'normalização' da direita, Montenegro reage indicando que as declarações de Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, são "anedóticas". 

"É ainda mais anedótico se [esse tipo de declarações] vier de dirigentes do Partido Socialista. A normalização em termos de presença governativa de partidos de extremos no espectro político é precisamente aquela que aconteceu em Portugal em 2015 quando o PS decidiu governar com dois partidos da extrema-esquerda", acusou o líder da oposição. 

"O que deve ser normalizado é o respeito pela vontade das pessoas", frisou Montenegro.

O social-democrata defendeu ainda que quanto mais se ataca "partidos que têm representação parlamentar [referindo-se ao Chega], mais valorizam essa posição desses partidos". Acrescenta ainda que o PS "faz isso de propósito para favorecer os seus resultados".

Questionado sobre se o PSD se coligaria com o Chega, Montenegro afirmou que "essa questão não tem qualquer tipo de atualidade" nem "interesse neste momento". 

Luís Montenegro, refira-se, reuniu, esta segunda-feira, com associações de estudantes do ensino superior na sede do PSD, em Lisboa.

Leia Também: Itália. Chega diz que resultado abre caminho para mudança em Portugal

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