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IRC. "Se fosse ministra da Economia e menorizada demitia-me na hora"

Manuela Ferreira Leite defendeu que sem a baixa do IRC o país está no caminho de uma "pobreza inultrapassável" e apontou o dedo ao Partido Socialista.

IRC. "Se fosse ministra da Economia e menorizada demitia-me na hora"

A antiga governante comentou, na quinta-feira, a polémica sobre uma eventual baixa de impostos, nomeadamente, do IRC. A medida foi anunciada pelo ministro da Economia, e o responsável pela pasta das Finanças respondeu que as alterações a este imposto surgiriam na sequência das negociações com os parceiros

"Se eu fosse ministra da Economia, tivesse defendido aquela ideia e fosse praticamente desmentida - ou, pelo menos, menorizada daquela maneira - demitia-me na hora", considerou a antiga ministra das Finanças na CNN Portugal, acrescentando que a resposta de Fernando Medida a António Costa Silva não era forma "de se tratar de um assunto tão importante quando a redução de impostos, que é vital para a política".

A social democrata defendeu, ainda, que a redução de impostos era mesmo a melhor para o país, e que se esta ideia ir avante "não se endireita o país". "Se não se mexer nos impostos, direi que nos mantemo-nos no caminho para uma pobreza inultrapassável", considerou, já depois de sublinhar que não há forma de o país crescer sem se diminuírem estas taxas.

Para além de se referir a Costa Silva e Medina, a também antiga presidente do Partido Social Democrata trouxe ainda para cima da mesa as declarações do líder parlamentar do PS, Eurico Brilhantes Dias sobre esta situação. "O argumento é que uma parte significativa das empresas não paga IRC. Depois, há outras que pagam, mas são grandes empresas. Se tomamos uma medida de redução de IRC quer dizer que estamos só a beneficiar algumas - é exatamente este quadro que mostra o desastre em que está a nossa estrutura empresarial para que o IRC não seja pago por quase nenhuma empresa e seja pago por outras", referiu, apontando que não existem empresas em Portugal porque "fugiram todas ou estão sediadas fora - por isso é que não há receita de IRC".

A ex-governante considerou mesmo que a reação de Medina foi "agastada" e pouco elegante. "Percebe-se que [o Partido Socialista] está muito mais preocupado não em discutir ideias, mas em ver como é que passa mensagens para a comunicação social", criticou.

"Quando se discute a baixa de impostos para as empresas parece-me uma coisa óbvia - porque as empresas é que criam riqueza. O meu receio neste momento é que esta ideia ao ser debatida não tenha nenhum tipo de consequência", notou, rematou.

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