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"Troika está é preocupada com o consenso dentro do Governo"

O PS considerou hoje que a ´troika' está mais preocupada com a ausência de consenso entre Passos Coelho e Paulo Portas, do que sobre a falta de acordo político entre o Governo e os socialistas.

"Troika está é preocupada com o consenso dentro do Governo"
Notícias ao Minuto

12:55 - 22/04/14 por Lusa

Política Eurico Brilhante Dias

Esta posição foi assumida por Eurico Brilhante Dias, membro do Secretariado Nacional do PS, no final de uma reunião com os representantes da ´troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), integrada na 12ª avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) a Portugal.

Interrogado se a ´troika' se mostrou apreensiva com a perspetiva de ausência de acordo político entre o PS e o Governo a curto e médio prazo, designadamente no plano financeiro, Eurico Brilhante Dias disse ter uma interpretação diferente a propósito dessa matéria.

"Quanto à questão fiscal, a troika está é preocupada com o consenso dentro do Governo e não com o PS, porque o primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] diz uma coisa e o vice-primeiro-ministro [Paulo Portas] diz outra. A ministra das Finanças [Maria Luís Albuquerque] fala de uma taxa e o ministro da Economia [Pires de Lima] desmente a taxa. Se quanto à questão fiscal há um problema, esse problema é dentro do Governo", alegou o dirigente socialista.

Eurico Brilhante Dias foi ainda mais longe em defesa da sua tese: "Se a ´troika' está preocupada, é com a relação do dr. Pedro Passos Coelho com o dr. Paulo Portas, e não com o PS".

"Voltaremos a repetir isto tantas vezes quantas forem necessárias: O PS sempre defendeu uma consolidação orçamental sustentável, faz parte de um amplo consenso nacional em torno da sustentabilidade das contas públicas e expressou esse consenso votando o tratado fiscal na Assembleia da República. Esse consenso não será posto em causa pelo PS, mas esperemos que nenhum dos partidos da maioria o faça", comentou, numa nova alusão indireta ao CDS.

Ainda sobre o ponto referente aos consensos políticos em Portugal, o membro do Secretariado Nacional do PS observou que os membros da ´troika' "também leem jornais e veem as televisões".

"Quem tem colocado de forma insistente na agenda a diminuição da sobretaxa em IRS é o senhor vice-primeiro-ministro, porque o primeiro-ministro tem outra opinião. Quanto ao aumento de impostos, a ministra de Estado e das Finanças anunciou mais um (taxas sobre os produtos nocivos para a saúde e sobre a indústria farmacêutica)", apontou a título de exemplo.

Ou seja, de acordo, de acordo com Eurico Dias, "do lado do CDS, há uma tensão em torno dessas taxas".

"Se há divergência em Portugal quanto à questão fiscal, essa divergência, na última semana, não envolve seguramente o PS. É um problema de consenso no seio do Governo", reforçou.

Questionado se a ´troika' deu sinais sobre a forma como Portugal sairá do PAEF em maio próximo, o dirigente socialista desvalorizou essa dúvida e advogou que, independentemente de tudo, "o programa de austeridade vai continuar".

"As datas são instrumentos políticos que têm vindo a ser utilizados, porque até vai haver uma extensão de seis semanas do programa [de assistência financeira]. Em relação àquilo que é sobre a vida das pessoas, o Governo está a comprometer-se com a ´troika' para manter os cortes nos salários e nas pensões", justificou.

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