Decorre esta quarta-feira o debate sobre o aumento do custo de vida, proposto pelo PCP, e dos lucros dos grupos económicos e o agravamento das desigualdades.
João Dias, do PCP, abriu as declarações políticas do debate sublinhando a necessidade de "atacar as dificuldades no SNS" e, para isso, é necessário mudar as políticas que têm vindo a ser seguidas pelo Governo.
"Por este caminho o Governo de maioria absoluta do PS está a entregar os serviços públicos de saúde aos privados", defendeu.
Segundo as declarações do deputado, o Governo está a "trilhar caminho" para entregar o SNS ao privado. João Dias frisa que os "interesses privados" estão acima dos utentes e o resultado tem sido o caos e as dificuldades no acesso aos cuidados de saúde.
Depois de falarem o BE, PDS, IL, PAN e Livre, Paula Santos do PCP tomou a palavra afirmando que a "fatura da guerra está a ser paga pelo povo".
Relativamente às medidas anunciadas por Costa no início da semana, a deputada defende que não é isso que resolve, mas sim aumentar salários ou pensões.
Um teto máximo para as rendas, congelar os aumentos e fixar um spread máximo são outras das medidas apontadas por Paula Santos.
"O que o Governo propõe não responde aos portugueses", considerou a deputada apontando que os grupos económicos são a prioridade do executivo.
Paula Santos culpou ainda o Governo "pelos cortes nos salários e nas pensões e pelo agravamento das injustiças e das desigualdades". A inflação não é uma inevitabilidade, nem as injustiças e as desigualdades são obra do acaso", acusou a líder da bancada comunista, Paula Santos.
A dirigente comunista acrescentou que o aumento das desigualdades e injustiças "resultam das opções da política de direita" adotadas pelo Governo socialista e da "sistemática recusa em fazer o que é preciso".
Na ótica do partido, o executivo de António Costa está "há meses a propagandear o aumento histórico", mas aquilo que realmente quer "é obstaculizar" a sua a valorização.
"Há soluções, o PCP apresentou-as, e é altura de lutar por elas", concluiu.
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