O chefe de Estado encontra-se em Luanda não só para marcar presença nas cerimónias fúnebres do antigo presidente angolano José Eduardo dos Santos, mas também para as exéquias com diversos governantes de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A presença de Marcelo acontece na mesma semana em que tiveram lugar as eleições gerais do país e que ditaram a vitória do MPLA. O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, não reconhece contudo a vitória do MPLA. Um conflito que o presidente português se rejeitou, mais uma vez a comentar.
"Oiço, registo, mas entendo que há que respeitar aquilo que é próprio da especificidade de cada Estado. Até ao termo do processo não deve haver forasteiros a comentar o que se passa", disse quando questionado pelos jornalistas.
Como já havia afirmado esta manhã, Marcelo defendeu que “estando pendente o processo eleitoral não o comento em público, tal como não o faria no caso português”.
“Continuo na minha”, atirou, de forma tranquila.
Recorde-se que o MPLA venceu as eleições gerais de Angola com 51,07%, seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com 44,05% dos votos, divulgou a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola, quando estavam escrutinadas 97,3% das mesas de voto.
Os resultados provisórios foram divulgados na quinta-feira pelo porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, numa altura em estavam escrutinadas 97,3% das mesas de voto, pelo que não deverá haver alterações substanciais, adiantou.
Contudo, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, não reconheceu a vitória do MPLA nas eleições gerais de quarta-feira, e apelou a uma comissão internacional para comparar as atas eleitorais na posse do partido com as da CNE.
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