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Angola. Observador eleitoral, Portas diz que foi um "convite irrecusável"

O antigo vice-primeiro-ministro português Paulo Portas justificou hoje a sua presença em Angola, como observador eleitoral convidado do Presidente angolano, em nome das relações diplomáticas dos dois países.

Angola. Observador eleitoral, Portas diz que foi um "convite irrecusável"
Notícias ao Minuto

12:39 - 23/08/22 por Lusa

Política Eleições

"Viemos a convite do Presidente da República de Angola e como Portugal e Angola têm relações muito importantes e excelentes esse tipo de convites não se recusa", disse Paulo Portas, hoje, na Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana, onde recebeu a documentação de observador, acompanhado do ex-ministro social-democrata José Luís Arnaut, também convidado por João Lourenço.

Confrontado com críticas ao elevado número de observadores e as suas relações pessoais com João Lourenço, Paulo Portas salientou que as "relações de Portugal com Angola enquanto estados soberanos têm décadas e não se esgotam numa circunstância ou numa personalidade".

E avisou: "Se não estiverem aqui portugueses, estarão outros em vez dos portugueses".

Quanto às eleições que vai acompanhar na quarta-feira, referiu que o Presidente da República de Angola sabe que a sua opinião "é independente".

"A minha intenção é contribuir para que estas eleições corram o melhor possível, da forma mais transparente, da forma mais participada e que resultem no bem de Angola", disse Portas, que não quis comentar as polémicas sobre a transparência eleitoral nesta fase.

Segundo o antigo vice-primeiro-ministro, "ser observador significa ver, escutar, perguntar, ouvir antes de dar opinião".

Por seu turno, José Luís Arnaut prometeu "observar de forma independente e isenta todo este processo" para que "possa decorrer com toda a normalidade desejável e expectável".

"Todos estes processos são processos evolutivos, é natural que aqui e ali possa haver qualquer dúvida mas o que importa é que se deram passos muito importantes na afirmação da democracia", disse, recusando também comentar as críticas à opacidade do processo eleitoral.

"Estamos a observar e não quero especular sobre especulações", disse Arnaut aos jornalistas.

Após a reunião na CNE, os dois foram recebidos pelo Presidente angolano, que é recandidato pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder há 47 anos.

Angola vai a votos na quarta-feira para escolher um novo Presidente da República e novos representantes na Assembleia Nacional.

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