BE defende medidas urgentes para preservar espécies endémicas na Guarda

O Bloco de Esquerda (BE) da Guarda defendeu hoje medidas urgentes para a preservação da fauna e flora endémicas na serra da Estrela, na sequência do incêndio que destruiu mais de 14 mil hectares desta área protegida.

Helicóptero bombeiros incêndio florestal chamas fogo

© Global Imagens

Lusa
14/08/2022 18:14 ‧ 14/08/2022 por Lusa

Política

Incêndios

"Sendo que tanto falhou até agora no que concerne à proteção dos pulmões do nosso país, reforçamos a importância de se tomarem medidas urgentes de monitorização e intervenção para a preservação das espécies de fauna e flora endémicas, impedindo que os espaços tomados pelo fogo o sejam agora por espécies invasoras, danificando uma vez mais a manutenção dos solos", refere um comunicado enviado à Lusa.

No comunicado, no qual cita o decreto regulamentar que criou, em 1976, o Parque Natural da Serra da Estrela, reclassificado em 1997, o partido salienta que o território "comporta espécies de fauna e flora raras e únicas", pelo que "a perda ambiental, social e económica é incalculável".

O BE da Guarda sustenta que a serra da Estrela e os concelhos afetados pelos incêndios precisam que se "façam escolhas práticas que tenham como consequência a sua proteção".

Segundo o partido, "o incêndio que consome o Parque Natural da Serra da Estrela tem revelado as fragilidades de um sistema que insiste em desprezar e desvalorizar quem trabalha para a proteção das populações, dos seus bens e da conservação da natureza".

O concelho da Guarda, especifica, tem sido fustigado com vários incêndios que danificaram uma grande parte da sua floresta, ameaçando a sobrevivência de várias espécies e colocando aldeias em risco.

Para o BE, "falhou uma real gestão florestal e prevenção de incêndio, falhou a política da desvalorização, dos baixos salários, da ausência de carreiras e estatutos profissionais", exemplificando com os bombeiros, sapadores florestais e guardas florestais.

"Faltou, uma vez mais, uma política que sirva as pessoas: que saiba criar regulamentação mas também aplicá-la, integrá-la no quotidiano das populações e fiscalizá-la", considera o partido, que reforça "a importância de se repensarem as condições laborais das equipas que atuam na gestão florestal e prevenção de incêndios".

O BE pede ainda que sejam repensadas "as estratégias económicas continuamente apresentadas para estes territórios e que comportam alto impacto na biodiversidade, dando prioridade ao apoio para o desenvolvimento de atividades tradicionais que sustentam a vida e originalidade da região, a entidades dedicadas à defesa do meio ambiental, cultural ou social e à valorização turística com perspetiva ecológica".

Guarda foi um dos municípios afetados pelo incêndio que destruiu, segundo dados oficiais provisórios, mais de 14 mil hectares na serra da Estrela. O fogo, que teve origem na Covilhã no dia 06, foi dominado após uma semana e ainda não foi considerado extinto.

Já no sábado, um fogo deflagrou em Mizarela, tendo sido dado como dominado hoje de manhã. O incêndio obrigou à evacuação da praia fluvial de Aldeia Viçosa e da povoação de Soida, e em Mizarela foi retirado grupo de 60 campistas.

Leia Também: Guarda pede atenção a reacendimentos e urgência na recuperação da serra

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