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Porta-voz do TEM acusa Nuno Melo de querer um "comité central"

O porta-voz da Tendência Esperança e Movimento (TEM), Mário Cunha Reis, acusou hoje o presidente do CDS, Nuno Melo, de querer extinguir as correntes de opinião para não ser alvo de escrutínio, optando por adotar uma organização ao estilo de "comité central".

Porta-voz do TEM acusa Nuno Melo de querer um "comité central"
Notícias ao Minuto

13:45 - 16/07/22 por Lusa

Política CDS

"O senhor presidente e alguns dos que o acompanham mais de perto desejam o poder absoluto, controle total e escrutínio mínimo", disse Mário Cunha Reis, durante o congresso do CDS que decorre em Aveiro e onde se discutem várias alterações aos estatutos do partido.

A extinção das correntes internas como figura estatutária é uma das propostas defendidas pelo presidente do partido, Nuno Melo, que considera que a eficácia deste instrumento "é nenhuma", uma vez que só existe uma.

Para o porta-voz da TEM, a proposta feita pelo presidente do CDS é uma "tentativa de concentração de poder e redução de toda a forma organizada de escrutínio sobre a direção nacional".

"Um dirigente político e um democrata deve promover a transparência e criar condições para que seja exercido um escrutínio a todos os níveis, de modo a reforçar a cada momento a sua legitimidade e a confiança dos militantes e eleitores na sua liderança", disse Mário Cunha Reis, adiantando que esta podia ser a marca do mandato de Nuno Melo na tentativa de recuperação de um CDS "falido, desmoralizado e desacreditado".

No entanto, o porta-voz da TEM disse que, ao invés, o presidente do CDS preferiu adotar "uma organização ao estilo de comité central".

Uma das poucas vozes que também se levantou contra a extinção das correntes de opinião foi a de José Pedro d'Orey, para quem esta proposta é "um sinal de que não se quer que haja sinais de opiniões diferentes num partido que se devia querer plural como sempre foi".

"Os sinais de hoje são de abafar todo e qualquer sentimento diferente ou diferenciador e não é dessa forma que se agrega, que se soma, que se cresce", observou o fundador da Juventude Centrista (JC).

José Pedro d'Orey disse ainda não aceitar "políticas estalinistas dentro do CDS", criticando a proposta de Nuno Melo por querer "silenciar o pensamento de quem quer que seja dentro do partido".

De acordo com o programa, o 30.º Congresso, estatutário -- que se realiza pouco mais de três meses depois da última reunião magna do partido - decorrerá entre as 09:00 e as 14:00 no Centro de Congressos de Aveiro, com perto de 700 participantes previstos.

A partir das 15:30, e sob o lema "CDS-PP 48 anos de história/Um partido com futuro", haverá intervenções em áreas setoriais por oradores do partido e independentes, cabendo o encerramento a Nuno Melo.

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