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"Governo não tem direito ao esquecimento" sobre "bulha" com Pedro Nuno

O líder social-democrata falou ainda acerca de uma eventual retoma dos debates quinzenais.

"Governo não tem direito ao esquecimento" sobre "bulha" com Pedro Nuno
Notícias ao Minuto

13:35 - 07/07/22 por Teresa Banha

Política PSD

O presidente do Partido Social Democrata (PSD) criticou, esta quinta-feira, a atuação do Governo nos últimos anos, quer no que diz respeito à conclusão do procedimento acordado com os sociais-democratas para a realização de uma avaliação ambiental para a construção de um eventual aeroporto, assim como a última polémica que envolveu o ministro das Infraestruturas e Habitação.

E relação à polémica do aeroporto, que colocou Pedro Nuno Santos debaixo de fogo, Luís Montenegro disse QUE o PSD ainda não "tinha uma posição tomada e fechada". "Vou, em primeira mão, informar o senhor primeiro-ministro sobre a nossa posição, decisões, enquadramento que damos a esta questão e eventuais metodologias e critérios para uma possível abertura de diálogo", garantiu o líder social-democrata, referindo-se não só aos problemas aeroportuários como também ferroviários. 

Sendo questionado sobre a altura em que era líder parlamentar, durante o governo de Passos Coelho, governante que defendia a criação dos aeroportos do Montijo e  Portela, o atual líder do PSD não adiantou se continuava a defender esta solução. "Não renego aquilo que são as orientações de política que emanaram desse governo, nem renego as opções políticas que na altura foram tomadas. Mas não é disso que estamos a falar", rematou, acrescentando que "o tema aqui" não é saber o que Pedro Passos Coelho queria na altura, mas sim é "saber a incapacidade do Governo".

"Estes 100 dias já parecem 100 meses"

Em declarações aos jornalistas, o social-democrata fez um balanço sobre os dias de governação do Executivo de António Costa. "Não deixa de ser curioso que quando Portugal olha para estes 100 dias, já parecem 100 meses", considerou, sublinhando que este era um Governo "de continuidade". "Continuamos a ter um governo que não é capaz de transformar estruturalmente o país", disse Montenegro, que assumiu a liderança do partido no fim de semana passado, acrescentando que o atual Governo não conseguia também "suster a rota de empobrecimento em que estamos mergulhados".

Pedro Nuno Santos? "Governo não tem o direito ao esquecimento"

Referindo que os portugueses sentem estas dificuldades todos os dias, quer seja na saúde, quer na situação de falta de professores, Montenegro acrescentando que há uma "bagunça que reina dentro do Governo". "O Governo não tem o direito ao esquecimento no fundamental da sua ação política: a autoridade e credibilidade do primeiro-ministro foram feridas de morte, depois de ter havido uma querela, uma briga, uma bulha dentro do núcleo duro do Governo que não está explicada, carece de muitas respostas", defendeu.

"Mais 100 dias perdidos em cima dos seis anos e meio anteriores", rematou. "Estes cem dias são mais cem dias perdidos e são cem dias de perfeita confusão, desnorte, diria mesmo ligeireza no exercício das funções do Governo", acrescentou.

Recorde-se que o XXIII Governo Constitucional tomou posse em 30 de março, dois meses depois das legislativas de 30 de janeiro que deram ao PS uma maioria absoluta.

Quanto à possibilidade de retomar os debates quinzenais, que o PSD defende, Montenegro foi crítico: "Nomeadamente, numa altura em que há um Governo de maioria absoluta a capacidade escrutínio  no Parlamento não deve ser diminuída", afirmou, apontado que já há exemplos do "uso e abuso" desta maioria.

"Veja-se o que aconteceu coma rejeição de audições, incluindo nos últimos dias", disse, exemplificando com a rejeição de uma audição a Pedro Nuno Santos. "Uma das formas de poder colmatar esse abuso é precisamente termos instrumentos de fiscalização mais garantidos e um esses instrumentos são os debates quinzenais", rematou. 

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