BE ao lado de alunos da Universidade de Aveiro: "Homofobia é crime"
Em causa está, segundo os alunos, o discurso de "ódio" e "discriminação" de um docente daquela instituição.
© Blas Manuel
Política BE
O Bloco de Esquerda expressou, esta sexta-feira, apoio aos estudantes da Universidade de Aveiro, que avançaram com uma ação para protestar contra o comportamento de um professor daquela instituição que dizem ter um discurso de "ódio" e "discriminação".
“Homofobia é crime, não é opinião. As Instituições de Ensino Superior têm de ser um espaço seguro e livre de homofobia. Solidariedade com a comunidade lgbtqia+ da Universidade de Aveiro e com todas as bandeiras levantadas pelos seus estudantes”, escreveu a deputada Joana Mortágua no Twitter.
Homofobia é crime, não é opinião. As Instituições de Ensino Superior têm de ser um espaço seguro e livre de homofobia. Solidariedade com a comunidade lgbtqia+ da Universidade de Aveiro e com todas as bandeiras ️️️ levantadas pelos seus estudantes
— Joana Mortágua ️️️ (@JoanaMortagua) July 1, 2022
“Arco-íris contra a homofobia. Universidade de Aveiro. Bem age quem reage”, destacou a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, na mesma rede social, partilhando uma publicação que mostra imagens da bandeira LGBTQIA+ espalhadas pela universidade.
Arco-íris contra a homofobia. Universidade de Aveiro. Bem age quem reage. ️ https://t.co/nNCphERIzE
— Catarina Martins (@catarina_mart) July 1, 2022
Sublinhe-se que em causa está uma publicação que o docente fez no Facebook onde critica abertamente a comunidade LGBTQIA+, a propósito de uma campanha publicitária que dá a conhecer os vários termos relacionados com esta comunidade como "gay", "lésbica", "queer" ou "não binária".
"Acho que estamos a precisar urgentemente duma 'inquisição' que limpe este lixo humano (...) todo!", escreveu o docente, considerando que este ato publicitário "é uma agressão e merecia umas valentes pedradas nas vitrinas só para aprenderem".
Esta publicação junta-se a outras que o docente fez em 2021, onde terá feito comentários depreciativos com teor racista, homofóbico e contra as medidas decretadas pelo Governo para combater a pandemia.
Desagradados com esta situação, vários alunos criaram um grupo na rede social Facebook intitulado 'Ação contra o Prof. Paulo Lopes' que já conta com mais de 700 membros.
Após a denúncia da situação, a Reitoria difundiu um comunicado dirigido aos membros da comunidade académica, onde defende a liberdade de expressão e de opinião, consagrada na Constituição da República Portuguesa, reconhecendo a separação das esferas pessoal e profissional.
"Ciente, porém, da importância que um ambiente de respeito e confiança tem para o bom funcionamento da Instituição, a Universidade saberá avaliar quaisquer condutas que possam interferir com esses últimos valores e propósitos e que se repercutam negativamente na imagem da instituição --- e atuará em conformidade, com rapidez e firmeza", diz a Reitoria.
A mesma nota refere que atualmente convivem na UA espaço pessoas de "mais de 90 diferentes nacionalidades", não sendo por isso de tolerar "discursos de ódio, de discriminação ou de incitação à violência, qualquer que seja a sua natureza, origem ou contexto".
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