O Partido Comunista Português (PCP) acusou, esta quarta-feira, o Partido Socialista de ter olhar de forma empresarial para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), e referiu ainda que "o caos" em que se encontra este serviço foi uma das razões pelas quais votou contra o Orçamento do Estado em outubro passado.

"O PS [Partido Socialista] não queria um orçamento, queria um cúmplice para favorecer o negócio", começam por escrever os comunistas no Twitter.

Referindo-se aos constrangimentos que têm vindo a ocorrer nos serviços de urgência de Obstetrícia e Ginecologia por todo o país, assim como às "dificuldades em assegurar o atendimento médico urgente em várias especialidades devido à falta de profissionais" ou aos atrasos nas marcações de milhares de consultas do SNS, representantes do PCP escrevem: "Bem se pode dizer que afinal o PCP tinha razão para votar contra o Orçamento e esta foi uma das principais razões!".

e inadiável das carreiras e salários dos seus profissionais para garantir a sua fixação e incentivar a dedicação exclusiva. Sem isso não haverá mais consultas, exames, recuperação de cirurgias ou médicos e enfermeiros de família para todos”.​​

— PCP (@pcp_pt) June 22, 2022

Reiterando que no atual Orçamento do Estado "não se encontra a resposta necessária" para  o reforço do SNS, os comunistas sublinham que a aposta na valorização das carreiras e salários é "inadiável", por forma a que haja a "fixação" de profissionais de saúde e "dedicação exclusiva". "Sem isso não haverá mais consultas, exames, recuperação de cirurgias ou médicos e enfermeiros de família para todos”, defendem.

"Durante longos meses levámos estas questões com propostas concretas à discussão com o Governo. Mas o PS não quis defender o Serviço Nacional de Saúde do brutal ataque a que está sujeito pelos grupos económicos dos negociantes da doença", acusam os comunistas.

Durante longos meses levámos estas questões com propostas concretas à discussão com o Governo. Mas o PS não quis defender o Serviço Nacional de Saúde do brutal ataque a que está sujeito pelos grupos económicos dos negociantes da doença.

— PCP (@pcp_pt) June 22, 2022

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