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Santos Silva transmitiu apoio de Portugal à adesão da Suécia à NATO

Presidente da Assembleia da República entende que processo de adesão "é necessário".

Santos Silva transmitiu apoio de Portugal à adesão da Suécia à NATO
Notícias ao Minuto

18:47 - 07/06/22 por Carmen Guilherme

Política Santos Silva

O presidente da Assembleia da República portuguesa, Augusto Santos Silva, transmitiu ao seu homólogo sueco o "apoio" de Portugal à adesão da Suécia e da Finlândia à NATO. 

Em declarações à RTP, esta terça-feira, através de videochamada, Santos Silva, que se encontra numa visita oficial à Suécia, disse que a adesão do país à NATO tem sido um tema abordado durante esta viagem e explica que é natural que estes países queiram aderir à Aliança, uma vez que a invasão à Ucrânia "mudou" a situação de segurança na Europa.

"Acho que esse processo de adesão é necessário e vai contribuir para redesenhar a arquitetura de segurança na Europa e, portanto, o que transmiti ao presidente do parlamento sueco é que a larguíssima maioria dos parlamentares portugueses apoiam a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO e, portanto, no que nos diz respeito, o processo de ratificação do tratado emendado será relativamente rápido", revelou.

O presidente do Parlamento recusou que esta adesão tenha implicações no terreno na Ucrânia e considera que, apesar de a Rússia não ver este processo como positivo, não tem "razão para isso".

"A NATO é uma aliança defensiva, a NATO não agride ninguém, nem tem nenhum pressuposto expansionista. A invasão da Ucrânia pela Rússia mudou bastante a situação de segurança na Europa e é natural que países, que tradicionalmente eram neutrais, sintam agora necessidade de se juntar a esta grande aliança defensiva das democracias do Atlântico Norte", defendeu.

"A Rússia gostaria de ter um direito de repto sobre as decisões soberanas de países no que diz respeito às suas alianças, mas esse direito de repto não lhe existe", acrescentou, considerando que a posição do país é "profundamente contraditória" com a lei internacional.

"Os países decidem soberanamente quais são as alianças a que querem pertencer", notou.

Santos Silva destacou ainda que continua aberta a possibilidade de diálogo com a Rússia, depois de indicar que as preocupações de Moscovo são aceites como "legítimas" pela NATO.

"Estamos disponíveis para continuar a falar com a Rússia sobre elas [preocupações] no quadro do conselho NATO/Rússia, que existe desde os anos 90.  Não estamos é disponíveis para aceitar agressões militares da Rússia contra países soberanos, como aconteceu e está a acontecer na Ucrânia, nem para aceitar que a Rússia possa agora determinar o que podem ou não fazer países como a Suécia ou a Finlândia ou quaisquer outros", defendeu. 

Questionado sobre se a dependência energética também é uma preocupação da Suécia, Santos Silva notou que esta é uma preocupação "partilhada".

"É uma preocupação partilhada. Portugal e a Suécia têm exatamente a mesma posição. Nós devemos diminuir radicalmente até terminar com a dependência que muitos Estados-membros têm em relação à Rússia no que diz respeito ao fornecimento de energia, o que passa necessariamente por cada vez mais investimento em fontes renovareis de energia, área em que os dois países dá atualmente cartas", completou. 

Leia Também: Santos Silva e delegação parlamentar visitam Suécia

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