Artigo sobre governação de Costa? Cavaco Silva esteve "bem"
Defendendo que não existe qualquer "espécie de inverdade naquele artigo", o qual é composto por "factos indesmentíveis", Diogo Feio destacou ainda que este é "um artigo de um não-político".
© Global Imagens
Política Cavaco Silva
Diogo Feio, antigo deputado do CDS-PP, afirmou na quarta-feira, num espaço de comentário na CNN Portugal, que o antigo Presidente da República e ex-primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva esteve "bem" nas considerações que fez sobre o modelo de governação do atual primeiro-ministro, António Costa.
"Eu não tenho Twitter mas, se tivesse, hoje escreveria 'Cavaco Silva bem'", apontou o centrista.
Isto porque, na sua perspetiva, a "substância do artigo está certa naquilo que se refere ao diálogo. O artigo trata da matéria do diálogo quando existe uma maioria absoluta com os restantes partidos", explicou.
Fazendo uma "análise daquilo que é o diálogo para António Costa", Diogo Feio destacou que o mesmo "tem sido, desde que é primeiro-ministro, um diálogo à esquerda".
"É uma posição política legítima, mas foi António Costa que criou a geringonça. Foi António Costa que, num segundo mandato, manteve um diálogo com PCP e Bloco de Esquerda, um de cada vez [...]. E é também António Costa que, agora com maioria absoluta, tem um diálogo com micropartidos como o PAN e o Livre", disse o antigo deputado.
Na sua opinião, o atual primeiro-ministro faz isso porque "também tem objetivos de natureza política pessoal que quer manter na sua ligação à esquerda", os quais classifica como sendo "totalmente legítimos".
Defendendo que não existe qualquer "espécie de inverdade naquele artigo", o qual é composto por "factos indesmentíveis", Diogo Feio destacou ainda que este é "um artigo de um não-político".
"Cavaco Silva não vai voltar a ter eleições, já teve as eleições que tinha de ter e ganhou-as. Ganhou quando foi primeiro-ministro, depois teve uma tentativa de ser Presidente da República logo a seguir e não o foi, e depois foi durante dez anos Presidente da República", acrescentou. Posto isto, "se há político, do centro-direita, que tem lugar na história, é Cavaco Silva", considerou ainda o antigo deputado.
No artigo que está aqui em causa, o também antigo primeiro-ministro Cavaco Silva recordou a persistência da parte dos seus Governos para “estabelecer alguns consensos importantes” com o PS. Algo que fez, segundo afirmou, com o intuito de estimular António Costa para que “faça mais e melhor”. "Estou convicto de que o primeiro-ministro é capaz de fazer mais e melhor", pode ler-se no texto.
O antigo chefe Estado falou ainda sobre as as maiorias absolutas que conquistou, destacando que, durante as mesmas, foram dados alguns passos que abriram novas perspetivas à geração de Costa e que “facilitam” agora a tarefa do Governo. “Receio que, na excitação da tomada de posse, se tenha esquecido de que vários desses passos resultaram do diálogo e do consenso com o seu partido”, apontou Cavaco Silva.
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