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Moreira da Silva quer capital natural contabilizado nas contas nacionais

O candidato à liderança do PSD Jorge Moreira da Silva defendeu hoje que o capital natural seja contabilizado nas contas nacionais e quem vive no interior receba a devida compensação pela proteção dos recursos naturais.

Moreira da Silva quer capital natural contabilizado nas contas nacionais
Notícias ao Minuto

20:11 - 20/05/22 por Lusa

Política PSD

"Venho, no essencial, explicar que a minha moção 'Direito ao Futuro' tem uma resposta para os problemas estruturais das pessoas que aqui vivem e há muitos anos que reclamam uma resposta para ultrapassar todas as dificuldades associadas ao despovoamento, à desertificação e à perda de poder de compra e direi, de bem estar", afirmou Jorge Moreira da Silva à agência Lusa.

O candidato social-democrata falava à margem de uma sessão com militantes que decorreu no auditório da Escola Superior de Educação (ESSE) de Castelo Branco.

Moreira da Silva sublinhou que, na moção, apresenta algumas propostas que considera inovadoras e espera que possam contribuir para enriquecer o debate nacional e, mais do que isso, "que o PSD possa dar uma resposta estrutural a problemas que são estruturais".

"Desde logo defendo que se passe a contabilizar, nas contas públicas nacionais, o capital natural. Quem vive em Castelo Branco, quem vive no interior está, em nosso nome e em nome de todos os que vivem em Portugal e até no mundo, a cuidar e a proteger recursos naturais altamente significativos, seja a floresta, seja a biodiversidade, sejam os recursos hídricos", frisou.

Contudo, o candidato social-democrata realçou que, na realidade, quem vive nos territórios do interior, não tem nenhum tipo de incentivo ou de compensação por esse serviço que está a prestar ao país.

"Eu considero que a lei das finanças locais, mas também mecanismos de fiscalidade e de créditos de biodiversidade devem criar condições para que passemos a remunerar os serviços ecossistemas e financiar as populações que vivem neste território, que estão em nosso nome, a proteger e a valorizar esse capital natural", sustentou.

O antigo ministro do Ambiente considerou que esta é uma proposta que, em termos práticos, "vai revolucionar o processo contabilístico nacional e vai criar condições para, finalmente, dar o devido valor às coisas e garantir que quem cá vive [interior], mais do que sentir um ónus por viver em áreas onde não se pode construir, edificar, desenvolver recebe a devida compensação pela proteção dos recursos naturais e sua valorização".

Defendeu ainda uma maior articulação entre a Universidade da Beira Interior (UBI) e o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) para que, em conjunto, possam ter uma lógica de internacionalização e de articulação com o tecido produtivo financeiro local, regional e nacional.

"Considero que um dos grandes problemas que o ensino superior em Portugal tem, em comparação com outros países, é um problema de massa critica. Temos e bem, instituições repartidas por todo o país, mas uma coisa é ter capilaridade no território, outra é não ter níveis suficientes de cooperação para que juntos possamos internacionalizar o nosso sistema de ensino superior", defendeu.

Moreira da Silva entende que, tanto a UBI como o IPCB, têm condições importantes para se poderem articular de uma forma mais eficiente.

A valorização da floresta é outra das prioridades do candidato social-democrata.

Defende ainda que no plano fiscal haja consistência com um discurso de apoio e de aposta no interior.

"Isso passa desde logo por dar continuidade a reforma da fiscalidade verde que dizia que a derrama municipal devia ser paga não onde as empresas têm sede, mas nos sítios onde efetivamente tem impacto no território", concluiu.

Leia Também: Moreira da Silva quer "revolucionar" leis das finanças locais e regionais

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