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Bloco de Esquerda mantém voto contra na votação final global do OE2022

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, anunciou hoje que o partido irá manter na votação final global o voto contra a proposta do Orçamento do Estado para 2022, por considerar que deixa de fora respostas de esquerda.

Bloco de Esquerda mantém voto contra na votação final global do OE2022
Notícias ao Minuto

18:19 - 14/05/22 por Lusa

Política OE2022

A posição de Catarina Martins foi transmitida, em conferência de imprensa, no final da Mesa Nacional do BE, que se reuniu hoje, no qual o partido considerou que a proposta orçamental exclui respostas de esquerda e não responde ao impacto da inflação.

"A Mesa Nacional do BE decidiu que, mantendo-se este um orçamento em que os serviços públicos perdem capacidade, embora a receita fiscal aumente, e em que os salários e as pensões têm uma perda real, embora o Produto Interno Bruto e a produtividade do país aumente, é um Orçamento que só pode merecer o voto contra do BE", disse a líder bloquista.

Para a coordenadora bloquista, a atual proposta de Orçamento "estrangula" a atuação na saúde, na educação e na justiça, apontando que existe um milhão de pessoas sem médico de família e o risco de no início de ano letivo haver milhares de alunos sem professores.

"É do nosso ponto de vista incompreensível e inaceitável que o Orçamento do Estado tenha mais receita fiscal e os serviços públicos fundamentais não tenham mais capacidade e que permaneçam estas falhas grandes na resposta à população", justificou.

Catarina Martins acrescentou que o executivo "desistiu daquilo que tinha anunciado na campanha eleitoral", quer da melhoria de rendimentos, quer de uma economia mais equilibrada.

"Todos esses objetivos foram abandonados, porque o Governo olha para um ciclo de inflação que é provocado pelos preços, e recusa-se a controlar preços. Recusa-se a controlar preços e recusa-se também a atualizar salários e pensões. Ou seja, os salários e pensões têm uma quebra real e vamos continuar a assistir a fenómenos de enriquecimento de uns poucos, como o caso da Galp", disse.

Catarina Martins frisou, contudo, que o partido apresenta propostas de alteração que procuram "responder às necessidades do nosso país" na saúde, na educação, na justiça, nos salários e nas pensões, na segurança social e na habitação.

Quando questionada sobre que propostas aceites pelo Governo levariam o partido a mudar o sentido de voto, a líder do BE foi categórica: "Que tenha o rasgo de fazer o controlo de preços para contrariar a inflação que estamos a sentir, ao mesmo tempo que atualiza os salários e as pensões para que não haja uma quebra real do poder de compra de quem vive do seu trabalho", disse.

"O PS tem maioria absoluta e, portanto, as negociações fazem-se quando se está a tentar constituir maiorias para um caminho. Neste momento há já maiorias. O BE fará propostas, estará atento a todas as propostas e o PS votará como entender", acrescentou.

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