Impedir audições? "Ou o PS tem algo a esconder ou quer agradar ao PCP"
Marques Mendes afirma que uso da maioria absoluta do PS para impedir audições é "abusar" da mesma.
© Global Imagens
Política Setúbal
Luís Marques Mendes, político e comentador na SIC Notícias, analisou este domingo, dia 8 de maio, a polémica que envolve o acolhimento de refugiados ucranianos por russos pró-Kremlin e afirmou que em cima da mesa estão uma de duas hipóteses: "Ou o PS ao impedir audição tem algo a esconder ou quer agradar ao PCP".
De acordo com o comentador, tendo em conta que Igor Khashin, figura central de toda a polémica por ser o líder da comunidade russa em Portugal, era investigado e observado pelos serviços de informação portugueses - que entregam relatórios ao primeiro-ministro sobre estes assuntos - não se entende porque as autarquias não foram informadas.
Por isso, Marques Mendes salienta que é preciso esclarecer por que motivo António Costa reteve informação. Para o comentador, é "essencial" agora que o primeiro-ministro tome iniciativa para esclarecer tudo ou que a Assembleia da República exija esse mesmo esclarecimento.
Dentro ainda desta temática, e da questão da Assembleia da República, o político afirma que é "muito estranho" o Partido Socialista ter impedido algumas audições, nomeadamente a audição do "presidente da Câmara de Setúbal e da embaixadora da Ucrânia em Portugal, que foi a primeira a denunciar estas situações".
"Ou o PS ao impedir tem algo a esconder, é uma hipótese, ou quer agradar ao PCP, fazer um favor ao PCP porque este tema é incómodo", defendeu o comentador acrescentando que isto "é um mau exercício da maioria absoluta".
"Todos os partidos queriam fazer um conjunto de audições, e bem. Queriam esclarecer e o Partido Socialista usa a sua maioria absoluta para impedir", apontou ainda.
Marques Mendes afirma que este uso da maioria absoluta é "abusar" da mesma e que o primeiro-ministro "não fica bem na fotografia" enquanto não esclarecer tudo.
Leia Também: Setúbal. Montenegro insta oposição na AR a criar comissão de inquérito
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com