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PCP diz que OE é uma "oportunidade perdida"

O secretário-geral do PCP classificou, esta sexta-feira, a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) como "uma oportunidade perdida" por demonstrar que "o tempo de reposição, defesa e conquista de direitos acabou mesmo".

PCP diz que OE é uma "oportunidade perdida"
Notícias ao Minuto

17:38 - 29/04/22 por Lusa

Política PCP

No encerramento do debate da proposta de Orçamento do Estado para 2022, que vai ser votada na generalidade hoje no parlamento, Jerónimo de Sousa disse haver um "verdadeiro contraste" entre este orçamento e aqueles que o partido ajudou a viabilizar entre 2015 e 2019.

"Dessa comparação resulta uma conclusão óbvia: o tempo de reposição, defesa e conquista de direitos acabou mesmo", sustentou o dirigente comunista.

Jerónimo de Sousa argumentou que a apresentação do Orçamento do Estado quatro meses depois do início do ano permitia ao Governo optar por uma "resposta a problemas que em outubro não era possível prever ou cuja dimensão não estava ainda clarificada".

"Mas [o Governo] preferiu transformar a proposta de orçamento numa oportunidade perdida", completou.

O secretário-geral comunista considerou que, para o PS, a "questão absolutamente essencial é o défice ficar em 1,9%", acusando o executivo de olhar para a inflação elevada e "considerá-la passageira".

Para o Governo, os problemas do país "são questões de conjuntura a tratar com panaceias temporárias", defendeu Jerónimo de Sousa.

"Desigualdades e injustiças, dependência e submissão às imposições externas, atrasos e défices estruturais. Nada disso parece justificar uma resposta global", considerou o líder do PCP.

O membro do Comité Central comunista disse que as opções do executivo são "um exemplo da teimosia própria das maiorias absolutas", mas o "mais grave" na ótica do PCP é que permitem inferir "o que se pode esperar do Governo nos próximos quatro anos".

Jerónimo de Sousa enunciou o aumento dos salários e das pensões, o investimento no Serviço Nacional de Saúde, a construção de habitação pública, a rede pública de creches e os apoios para os trabalhadores da cultura como matérias que os comunistas consideram que deveriam estar entre as prioridades do Governo.

Ao invés, advogou o dirigente comunista, o executivo liderado por António Costa optou pela "perda generalizada de poder de compra, a degradação das condições de vida dos trabalhadores e do povo e uma nova contração do mercado interno".

"Ninguém tenha dúvidas das consequências que terão as opções desta maioria absoluta do PS no aprofundamento de estrangulamentos, injustiças e desigualdades que maram a vida do país", concluiu.

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