"O meu adversário chama-se António Costa. Eu não quero vencer o Chega"
O candidato à liderança do PSD recusou traçar linhas vermelhas em relação ao Chega e assegurou estar "focado em dar a Portugal uma alternativa política".
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Política Luís Montenegro
O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro garantiu, esta sexta-feira, que o seu adversário é António Costa e o Partido Socialista.
Questionado sobre possíveis linhas vermelhas em relação ao partido Chega, como traçou o adversário Jorge Moreira da Silva, quando apresentou a sua candidatura à liderança do PSD, esta semana, Montenegro recusou responder diretamente à questão, mas afirmou não ter por objetivo vencer o Chega.
"Eu não tenho nenhuma ambiguidade. O meu adversário chama-se António Costa, o meu adversário chama-se Partido Socialista", afirmou, em declarações à margem de uma visita à feira agropecuária Ovibeja.
"Eu quero vencer o PS, eu não quero vencer o Chega. O Chega tem o seu espaço, é deles", referiu. "Eu não vou olhar para os partidos que estão à direita do PSD como adversários a combater, esqueçam isso. O meu PSD não é isso, o meu PSD é o PSD que quer dar ao país uma alternativa de Governo."
O antigo líder parlamentar do PSD assegurou estar "focado em dar a Portugal uma alternativa política", com um projeto que, "de acordo com a história e o legado do PSD, é um projeto que acredita na sociedade, acredita nos agricultores".
Insistindo que o seu propósito é apresentar uma alternativa ao PS, o candidato a líder do PSD afirmou que o socialismo "trouxe a maior carga fiscal de sempre" e "níveis de pobreza" semelhantes aos que "tínhamos em 1995", além de uma "sociedade demasiado estatizante naquilo que é a oferta de serviços públicos que podem acudir às necessidades das pessoas".
O que é importante é saber o que o PSD quer: o PSD quer ser a alternativa ao Partido Socialista. O PSD quer, com tranquilidade, construir opções políticas que as pessoas no dia a dia percebam que vão ter um impacto positivo nas suas vidas."
Montenegro frisou que o seu objetivo é que as "pessoas moderadas da nossa sociedade" acreditem no seu projeto, "acreditem que têm, no PSD, a resposta".
"Eu quero saber das pessoas, não das politiquices", rematou.
Quanto ao antigo ministro do Ambiente, Moreira da Silva, que anunciou que também será candidato a presidente do partido nas próximas eleições diretas, marcadas para 28 de maio, Montenegro garantiu que todos os contributos são importantes e merecem "uma saudação democrática e uma saudação amiga".
"Eu saúdo o meu amigo e companheiro Jorge Moreira da Silva pela sua disponibilidade para, nesta ocasião, poder protagonizar uma candidatura e enriquecer o debate interno no PSD com as suas ideias, com os seus pontos de vista, que seguramente serão um elemento importante para nós reforçarmos a nossa coesão, a nossa unidade", apontou.
Até ao momento há dois candidatos conhecidos nas eleições diretas marcadas para 28 de maio: Luís Montenegro e o ex-ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva.
O atual presidente do PSD, Rui Rio, que ocupa o cargo desde janeiro de 2018, já anunciou que deixará a liderança do partido depois da derrota nas legislativas de 30 de janeiro.
As eleições diretas para escolher o seu sucessor foram marcadas em Conselho Nacional para 28 de maio e o Congresso vai realizar-se entre 01 e 03 de julho, no Porto.
O prazo limite para a apresentação de candidaturas à liderança do PSD é o dia 16 de maio, e estas têm, como habitualmente, de ser subscritas por um mínimo de 1.500 militantes e de ser acompanhadas de uma proposta de estratégia global e do orçamento de campanha.
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