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Jerónimo reivindica política que permita "efetivo acesso" à cultura
O secretário-geral do PCP pediu hoje uma política que concretize o "efetivo acesso das massas populares à criação e fruição" culturais, classificando a "democratização da cultura" como "fator de emancipação".
© Global Imagens
Política PCP
Durante uma sessão pública intitulada "Neorrealismo -- expressão cultural de um povo em luta", em Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, Jerónimo de Sousa defendeu que uma "política cultural exige o efetivo acesso das massas populares à criação e fruição da cultura".
O líder comunista alertou que a "liberdade e apoio à produção cultural" reivindicam a "valorização da função social de todos os trabalhadores culturais" e que isso é "indissociável da luta dos trabalhadores e do povo, pela paz, por melhores salários e pensões, contra o aumento do custo de vida, em defesa dos serviços públicos e dos direitos" da população.
"Assim entendida, a democratização da cultura é fator de emancipação, é democratização de toda a vida, é liberdade de sonhar e de criar, é construir no presente um outro futuro", acrescentou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral comunista também parafraseou um dos seus antecessores, o histórico dirigente Álvaro Cunhal, durante a primeira Assembleia de Artes e Letras da Organização Regional de Lisboa do PCP, em 1978, para sublinhar a importância da expressão artística livre: "O partido não procura impor aos artistas nem escolas, nem estilos. Modelo estético é coisa que não existe".
Já o neorrealismo português, que para Jerónimo de Sousa é um "notável movimento estético que se assumiu como expressão cultural de um povo em luta", desempenhou um papel importante "na resistência antifascista, na Revolução de Abril e na defesa das suas conquistas".
"Armados pelo seu esforço e entusiasmo, amparados pela intervenção determinada das mais amplas camadas da população, os comunistas, ao lado de muitos outros democratas e patriotas, lutam para massificar a cultura em todas as frentes", concluiu
Leia Também: Site do PCP em baixo após ataque de 'hackers' pró-Ucrânia
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