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Líder do CDS despede-se emocionado e diz que vai "continuar por aqui"

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, despediu-se hoje dos militantes no 29.º Congresso visivelmente emocionado e disse que vai "continuar por aqui", acordado para o partido que é "a casa" dos seus valores.

Líder do CDS despede-se emocionado e diz que vai "continuar por aqui"
Notícias ao Minuto

13:27 - 02/04/22 por Lusa

Política CDS

"O CDS não se salva sozinho e precisa de todos. Quero garantir ao congresso que o CDS continuará a ser a casa dos meus valores a morada política do meu coração", afirmou.

Naquele que foi o seu último discurso enquanto líder do CDS-PP, que durou quase 20 minutos, Rodrigues dos Santos afirmou que nunca foi "de nenhum presidente" e sempre foi "do CDS".

"Não vou andar por aí porque sempre estive aqui e vou continuar por aqui, acordado para o meu partido e com a esperança de que daremos a volta por cima", salientou.

Quando terminou a sua intervenção, visivelmente emocionado, Francisco Rodrigues dos Santos acenou em despedida aos congressistas, tendo sido aplaudido de pé por grande parte do congresso.

Para o futuro, o presidente do CDS-PP deixou um conjunto de conselhos e fez um "derradeiro apelo": "só conseguiremos vencer os nossos desafios lá fora se corrigirmos os nossos erros cá dentro, e só corrigiremos os nossos erros cá dentro se soubermos quais foram".

Considerando que liderou o partido "apesar de tudo e contra muitos", realçou que "o CDS só terá futuro se não repetir as vergonhas do passado" e "só tem salvação se estivermos todos dentro do mesmo barco", defendendo que "só sobreviverá se for um partido popular e suportado pela suas bases, caso recuse ser um partido de grupo ou uma associação de egoístas que se comportam como se fossem donos do partido e que não toleram que um estranho à sua tertúlia ascenda à liderança".

Ressalvando que "um partido político não é um orfeão e que as vozes dos seus militantes não são um coro afiando e uníssono", Francisco Rodrigues dos Santos salientou que "o CDS não pode continuar a anular-se a si mesmo, dividido em vários quintaizinhos que se atacam uns aos outros, massacrando-se em jogos de subtração em que ninguém vence e o perdedor é inevitavelmente o CDS".

Como conselho para a próxima liderança, afirmou que "espera-se que acolha quem perde" e da nova oposição "pede-se que respeite quem ganhe", recusando uma "política do ódio".

"O próximo presidente do CDS não pode ter os seus adversários dentro do próprio partido, pois eles estão lá fora", considerou, que "mais nenhum presidente do CDS tenha de ouvir", como diz que ouviu, "que o grande objetivo da oposição é destruir o presidente, mesmo que para isso tenha de matar o partido primeiro".

O líder cessante disse ainda esperar que "mais nenhum presidente do CDS tenha de assistir" a militantes "ditos notáveis" a "proclamarem a irrelevância do partido" e a "desaconselharem o voto" no CDS em favor de outros partidos, ou ainda a "pedir a cabeça" do líder ao final de um ano de mandato.

E espera "firmemente ver respeitada e honrada" a escolha dos congressistas "durante os próximos dois anos" e que se aprenda "definitivamente a gostar do CDS, acima dos umbigos de cada um, pois só assim os portugueses reaprenderão a gostar do CDS".

Francisco Rodrigues dos Santos viu ainda como um bom sinal que "regressou o discurso da união e da construção" entre os candidatos à liderança, o que apelidou de um "salutar exercício de redenção".

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