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Novo Governo? "É a remodelação que Costa nunca fez nos últimos dois anos"

Francisco Louçã analisou, na SIC Notícias, as principais surpresas e desafios do novo elenco governativo.

Novo Governo? "É a remodelação que Costa nunca fez nos últimos dois anos"
Notícias ao Minuto

23:50 - 25/03/22 por Tomásia Sousa

Política Francisco Louçã

Francisco Louçã considera que a composição do novo Governo "é a remodelação que António Costa nunca fez ao longo dos últimos dois anos", mas que "devia ter feito".

"Este é um Governo de António Costa, à medida de António Costa, com os critérios de António Costa. É a remodelação que António Costa nunca fez ao longo dos últimos dois anos - e que, na verdade, devia ter feito", afirmou.

No espaço habitual de comentário às sextas-feiras na SIC Notícias, o antigo coordenador do Bloco de Esquerda (BE) analisou as principais surpresas do novo elenco governativo e apontou que "Helena Carreiras é uma surpresa interessante", enquanto a saída de Siza Vieira "fica por explicar".

"A grande surpresa é Pedro Adão e Silva, que tem tido uma atividade académica e política importante, não se esperava que viesse a ser Ministro da Cultura", defendeu, apontando que há muito tempo que esta pasta não tinha "uma figura forte".

Quanto à passagem de Gomes Cravinho do Ministério da Defesa para o Ministério da Administração Interna, o comentador recorda que a tensão entre o Presidente da República e o ministro da Defesa já era muito conhecida.

"Já se sabia que Marcelo Rebelo de Sousa não queria Cravinho como ministro da Defesa, mas aceitava como ministro da Administração Interna", referiu, lembrando o episódio do adiamento da nomeação de Gouveia e Melo ou da recusa da proposta do seu vice. "Portanto, era de esperar esta substituição."

"Cravinho é um diplomata com grandes referências e com uma grande carreira e será um ministro dos Negócios Estrangeiros com grande capacidade", admitiu Louçã.

Sobre o ciclo mais próximo de Costa - Mariana Vieira da Silva, que se mantém como ministra da Presidência ou Fernando Medina, que passa a ministro das Finanças, por exemplo - Francisco Louçã entende que a diferença é que "Pedro Nuno Santos fica numa situação mais frágil".

"Pedro Nuno Santos fica numa situação mais frágil do que estava até agora, porque ele era um protagonista de diálogos que já escapavam ao Governo e de uma expetativa de renovação política que terminou, havendo uma maioria absoluta", afirmou. 

"Ele tem uma força grande dentro do Partido Socialista", aponta o economista, admitindo que o ministro continua a ser o potencial vencedor de uma futura disputa da liderança do partido.

Em relação aos desafios desta nova legislatura, Francisco Louçã entende que a principal será "a gestão de uma situação económica e orçamental muito diferente daquela que o Governo estava à espera".

"O Governo esperava, e com razão, a saída da pandemia, a recuperação do aparelho produtivo, a recuperação do comércio externo, do contexto económico (...) e, agora, estamos confrontados com o desgaste de uma inflação pesada, de grande instabilidade e de grande incerteza", conclui.

Leia Também: Da "vitrina" ao "disco que vai tocar". Partidos reagem ao novo Governo

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