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Vital Moreira. Entrada da Ucrânia ia "continentalizar" ainda mais a União

O ex-eurodeputado do PS, Vital Moreira, interroga-se sobre os fatores que levam a que Estados-Membros da União Europeia (UE) sejam a favor de "uma adesão expedita da Ucrânia à União".

Vital Moreira. Entrada da Ucrânia ia "continentalizar" ainda mais a União
Notícias ao Minuto

00:11 - 22/03/22 por Beatriz Maio

Política Ucrânia/Rússia

Ao comentar a guerra na Ucrânia, o constitucionalista Vital Moreira questiona, num artigo publicado no blogue Causa Nossa, como é que vários Estados-Membros da União Europeia (UE) "defenderam uma adesão expedita da Ucrânia à União".

Vital Moreira esclarece que, na sua óptica, "esse país não preenche os 'critérios de Copenhaga' para a entrada, nem se vê como é que os pode vir a cumprir em poucos anos", recordando os vários candidatos balcânicos que esperam há vários anos para entrar.

O ex-eurodeputado do PS frisa que "a União não pode permitir-se aceitar a entrada de países que não ofereçam garantias adicionais de não afrontarem os princípios do Estado de direito e da democracia liberal".

Para o constitucionalista, a entrada da Ucrânia "implicaria não somente a deslocação da fronteira da UE para o extremo leste da Europa, mas também uma sensível deslocação do centro territorial, económico e político da União no mesmo sentido, 'continentalizando' ainda mais a União e desvalorizando a sua frente atlântica, já fortemente debilitada com o Brexit".

Salienta que juntamente com a Irlanda, também Portugal e Espanha "iriam tornar-se ainda mais periféricos na União", o que, nas sua ótica "não se compreende", visto que estes países, "contra os seus interesses", dão o seu acordo "a qualquer aceleração privilegiada da entrada da Ucrânia (ou de outros países do Leste)".

Vital Moreira recorda que a entrada da Ucrânia alteraria também a relação de forças políticas no Parlamento Europeu e partilha que "seria estranho que os partidos socialistas e social-democratas que integram o Partido Socialista Europeu viessem apoiar entusiasticamente um tal reforço da direita no Parlamento Europeu (tal como no Conselho e na Comissão)".

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