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CDS. Moções pedem pagamento de quotas para equilibrar situação financeira

A eleição direta do presidente e o pagamento de quotas por parte dos militantes para equilibrar a situação financeira são algumas das ideias defendidas nas moções de estratégia global apresentadas ao 29.º Congresso do CDS-PP.

CDS. Moções pedem pagamento de quotas para equilibrar situação financeira
Notícias ao Minuto

19:20 - 17/03/22 por Lusa

Política CDS

De acordo com a informação transmitida à Lusa por fontes do partido, deram entrada 10 moções de estratégia global (que ainda serão validadas pela Comissão Organizadora do Congresso) para serem debatidas e votadas na reunião magna de 02 e 03 de abril, e nenhuma moção setorial.

Estes documentos, aos quais a Lusa teve acesso, visam "fixar a orientação geral do partido" para os próximos dois anos e nos próximos dias deverão ser disponibilizados na área do 'site' do CDS dedicada ao congresso.

Anunciaram-se como candidatos à liderança do partido o eurodeputado Nuno Melo e o vogal da Comissão Política Nacional Miguel Mattos Chaves. Também Nuno Correia da Silva, vogal da direção e ex-vereador na Câmara de Lisboa, e o militante Bruno Costa admitiram à agência Lusa uma candidatura caso a respetiva moção saia vencedora.

Na sua moção o eurodeputado Nuno Melo diz querer um partido de "centro-direita moderno" e defende que os militantes paguem quotas para equilibrar a situação financeira, não adiantando valores.

O dirigente Miguel Mattos Chaves propõe o regresso da eleição do líder de forma direta, por todos os militantes, e que os candidatos a deputados sejam escolhidos em primárias.

O vogal da Comissão Política Nacional e ex-vereador na Câmara de Lisboa Nuno Correia da Silva subscreve a moção "Liberdade", na qual considera que o CDS-PP "terá de se afirmar autonomamente, marcar as suas fronteiras políticas e o seu território eleitoral" e defende voltar a adotar a designação Partido Popular.

O militante Bruno Costa é o primeiro subscritor da moção de estratégia global "Visão 22-30", que defende que o CDS-PP se transforme no "partido conservador britânico português", que o líder do partido passe a ser eleito em eleições diretas, além do pagamento de quotas por parte dos militantes.

Otávio Rebelo da Costa é o primeiro subscritor da moção de estratégia global "A soma que dá um". No texto, defende a eleição direta do presidente do partido, que acontece atualmente em congresso, e iniciativas de recolha de fundos para "financiar cartazes e 'outdoors' pontuais em localizações estratégicas".

A moção "Trazer a democracia-cristã para o século XXI", apresentada pelo centrista José Seabra Duque, também propõe o regresso à "eleição direta do presidente do partido por todos os militantes inscritos" e uma aposta na divulgação da mensagem através das redes sociais.

A moção "Pelas mesmas razões de sempre" recupera o 'slogan' da campanha eleitoral das legislativas e, segundo uma nota enviada à Lusa, é coordenada pelo vice-presidente do partido Miguel Barbosa e subscrita pelos líderes de várias distritais, como Porto, Aveiro, Leiria ou Setúbal.

A Juventude Popular apresenta uma moção de estratégia global denominada "Sem medo de avançar", na qual defende um "'rebranding' sério da imagem do CDS", uma aposta na digitalização e considera igualmente "imperativo" o pagamento obrigatório de quotas anuais por parte dos militantes, com valor a definir mas "nunca inferior a 3% do salário mínimo nacional".

A tendência Esperança em Movimento (TEM) apresenta a moção "Recomeçar pelas bases", que propõe um "regime de quotas obrigatórias para os militantes, fazendo depender da regularização das quotas o exercício do direito de eleger e ser eleito", além de "contribuições obrigatórias dos representantes eleitos".

Também a Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos vai levar uma moção de estratégia global ao congresso de Guimarães.

A apresentação de uma moção de estratégia não implica, segundo os regulamentos e os estatutos do CDS, uma candidatura à liderança. No entanto, "as candidaturas à presidência do partido e à Comissão Política Nacional são apresentadas pelo primeiro subscritor de uma Moção de Estratégia Global", refere o regulamento do congresso.

O 29.º Congresso do CDS-PP vai decorrer nos dias 02 e 03 de abril, em Guimarães, no distrito de Braga.

Na reunião magna vai ser eleito o sucessor de Francisco Rodrigues dos Santos, que se demitiu da presidência do partido e não se recandidata, na sequência dos resultados eleitorais nas legislativas de 30 de janeiro, que afastaram o partido da Assembleia da República.

Leia Também: Nuno Melo diz que "extinguir SEF é erro colossal" e faz apelo ao Governo

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