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Rio apoia que Portugal cumpra todos os compromissos na NATO

O presidente do PSD defendeu hoje que Portugal deve "assumir integralmente os seus compromissos e a sua responsabilidade" como membro fundador da NATO, com o ministro Santos Silva a enaltecer a importância de um "consenso genuíno" nesta matéria.

Rio apoia que Portugal cumpra todos os compromissos na NATO
Notícias ao Minuto

16:03 - 24/02/22 por Lusa

Política Guerra na Ucrânia

Na reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República, que hoje debate o conflito na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, e que conta com a participação do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, Rui Rio considerou que o alvo da ofensiva russa não é apenas a Ucrânia, mas também "a estabilidade da Europa e de toda a ordem internacional".

"Por isso, Portugal tem de estar disponível para fazer esse caminho conjunto. Não estarmos prontos para contribuir com a nossa parte, seja no plano militar, económico ou diplomático, seria estarmos a ignorar o perigo de termos um futuro bem mais sombrio", afirmou o presidente do PSD.

Na resposta, o ministro Santos Silva agradeceu "a disponibilidade permanente" que o PSD manifestou ao longo desta crise, sempre que o Governo o consultou.

"Todos nós beneficiamos da existência de um consenso político muito forte, muito duradouro, muito estabilizador e muito genuíno em Portugal", saudou o governante socialista.

No arranque do debate parlamentar, Rio classificou o dia de hoje como "um dos mais negros da história recente da Europa" e acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de ser "o responsável por trazer a guerra de volta ao continente europeu".

"O PSD concorda e defende uma coordenação ativa entre a União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos da América para a adoção de um pesado pacote de sanções à Rússia", assegurou.

O presidente do PSD manifestou ainda solidariedade com o povo ucraniano e considerou que "a Rússia de Putin é o contrário" de todos os "valores e princípios essenciais para a construção de um mundo mais livre e mais justo".

"É esse o lado em que o PSD está, o lado em que o PSD sempre esteve", frisou.

Na mesma linha, o ministro Santos Silva considerou o atual conflito como "a mais grave crise de segurança da Europa desde a Segunda Guerra Mundial".

"Todos temos de dizer presente. Sim, hoje somos todos ucranianos", corroborou.

O ministro assegurou que a comunidade internacional se mantém disponível para ouvir as preocupações da Rússia sobe a segurança do seu país e que tentou esgotar todas as vias diplomáticas, obtendo desse país apenas "duplicidade".

"Tínhamos e continuamos a ter toda a disponibilidade para examinar reciprocamente todas as condições de segurança, o que não aceitamos é que qualquer Estado se arrogue o poder de veto sobre um Estado terceiro (...) Nenhuma disponibilidade para aceitar chantagens, intimidação ou poderes de veto", frisou Augusto Santos Silva.

Para o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, é preciso que a Rússia cesse de imediato o ato de agressão para que a via política possa ser reposta".

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, bem como pelo Governo português e o Presidente da República.

O Conselho Superior de Defesa Nacional deu hoje parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO.

Leia Também: Unidade da NATO e UE mostra o quão isolada a Rússia está, diz Stoltenberg

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